Visivelmente abatido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista à Jovem Pan para falar sobre a operação de busca e apreensão que a Polícia Federal (PF) realizou em sua casa, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (3).
Além da busca e apreensão na casa de Bolsonaro, a PF também realizou seis mandados de prisão preventiva, entre eles, contra Mauro Cid, considerado braço direito do ex-presidente. Todos são investigados pela suspeita de terem fraudado carteira de vacinação contra a Covid para entrar nos EUA.
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Com os olhos marejados e quase chorando, Bolsonaro negou que tenha fraudado dados da carteira de vacinação.
"No tocante a fraude, da minha parte é zero. As vezes que viajei pelo mundo, uma vez foi para a Itália, se não me engano, perguntei se era exigido a vacina. Falaram que sim. Então falei 'se é sim, não viajo'. Então veio a resposta que estava dispensada a vacina [...] nas minhas idas aos Estados Unidos, nunca foi exigido o cartão vacinal", disse.
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Em determinado momento, Bolsonaro confirma relatos de que, ao notar a PF em sua casa, entrou em desespero e pediu autorização para telefonar para advogados e apoiadores. "Pedi autorização para ligar para o advogado e liguei. Eles fizeram uma varredura na casa, buscando documentos, mídias sociais, e pegaram meu telefone", revelou Bolsonaro.
O ex-presidente confirmou que a sua esposa Michelle Bolsonaro foi vacinada nos EUA e que sua filha Laura não recebeu imunizante contra o coronavírus.
"Acharam o cartão de vacina da minha esposa Michelle, tiraram uma fotografia de cartão de vacina. Ela foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, tomou a vacina da Janssen e passou mal na volta para o Brasil. Ano passado voltou a ter uma crise e o médico falou que era por causa da vacina [...] minha fila, atualmente, tem um atestado médico e está dispensada de tomar vacina", afirmou o ex-presidente.