GOLPISTAS EM BRASÍLIA

VÍDEO: Ex-comandante da PMDF foi impedido por general de desmontar o acampamento golpista no QG do Exército

Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, em Brasília, Fábio Augusto explica como foram as tentativas frustradas de desmobilização dos golpistas acampados em área militar

Créditos: Lucas Neiva - Acampamento golpista diante do QG do Exército, em Brasília
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O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Augusto Vieira falou sobre as tentativas de desmontar o acampamento golpista na área do Quartel-General (QG) do Exército em Brasília.

Nesta quinta-feira (11), ele presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). 

A CPI apura os atos terroristas ocorridos em Brasília no dias 12 de dezembro de 2022, quando bolsonaristas radicais promoveram vandalismo, destruíram e atearam fogo em carros e ônibus; e do dia 8 de janeiro de 2023, quando deflagaram atos golpistas e vandalizaram as sedes dos Três Poderes.

Comandante do Exército impediu operação da PMDF

Fábio Augusto respondeu ao questionamento do deputado distrital Fábio Félix (Psol), integrante do colegiado, sobre a dificuldade de desmobilizar os bolsonaristas acampados em frente ao QG de Brasília.

Ele afirmou que, no cargo de comandante-geral da PMDF,  tentou, por duas vezes, desmobilizar o acampamento.

"No dia 29 [ de dezembro] nós mobilizamos cerca de 500, 550 homens para fazer essa desmobilização porque nós tínhamos uma preocupação depois do dia 12 [de dezembro] e em razão posse [do presidente Lula, no dia 1 de janeiro]. A operação foi cancelada a pedido do general [Gustavo Henrique Dutra de Menezes], que falou que faria a desmobilização utilizando os meios do Exército brasileiro, o general comandante militar do Planalto", respondeu Fábio Augusto.

Assista 

Suspeito de omissão

Fábio Augusto é suspeito de ter sido omisso para conter os atos do dia 8 de janeiro e chegou a ser preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Depois, o ministro voltou atrás e o concedeu liberdade provisória no dia 3 de fevereiro, depois da divulgação do relatório do ex-interventor federal da Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli.