As ameaças de políticos da ultradireita portuguesa, alinhados ao clã Bolsonaro, de realização de protestos não passaram disso: ameaças.
Na manhã deste sábado (22), Lula foi recebido pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, aos gritos de "olê, olê, olê, olá" e "guerreiro do povo brasileiro" das pessoas que acompanhavam a cerimônia de boas-vindas com honras militares na Praça do Império, em Lisboa.
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Esse foi o primeiro compromisso oficial da extensa agenda de Lula neste sábado, que prevê encontros com autoridades e assinaturas de acordos e atos de trabalho conjunto, especialmente na área de cultura.
Diante das ameaças de protesto por declarações do presidente brasileiro sobre a Guerra na Ucrânia, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, reuniu-se nesta sexta-feira (21), na Embaixada do Brasil em Lisboa, com representantes da comunidade de ucranianos em Portugal.
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Macedo recebeu uma carta que foi entregue e lida por Lula. O ministro ainda afirmou que, por determinação do presidente, o assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, viajará a Kiev para um encontro com o presidente Volodymyr Zelensky.
Ninguém da direita
Lula chegou à Lisboa nesta sexta-feira (21) para iniciar sua visita oficial à Península Ibérica, que terá duração de seis dias.
Há meses que os milhares de bolsonaristas que vivem no pequeno país europeu, assim como os políticos do “Chega”, partido de extrema direita lusitano liderado por André Ventura, “ameaçavam” o mandatário brasileiro com o “maior protesto contra um chefe de Estado estrangeiro de toda a história”. No entanto, nem sequer um militante desses dois grupos apareceu.
A comitiva com dezenas de carros pretos, sob forte escolta da polícia e de outros serviços de segurança locais, trazendo Lula e um grande número de ministros e parlamentares, cruzou os portões do Tivoli Hotel Lisboa, na Avenida da Liberdade, exatamente às 11h20 (horário de verão local), sob gritos de apoio de um grupo de admiradores do petista.