ROTAM

Coronel de tropa de elite da PM é preso em operação contra atos golpistas

Benito Franco ameaçou Lula no final do ano passado, dizendo que ele não subiria a rampa; a seguir afinou e postou retratações em suas redes

Benito Franco.Créditos: Instagram
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O coronel e ex-comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (RotamBenito Franco foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (18), em Goiânia, como parte da Operação Lesa Pátria.

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informou através de nota que acompanhou todos os atos de cumprimento do mandado de prisão e segue colaborando com a justiça.

Outra pessoa também foi presa, no entanto, o nome ainda não foi divulgado.

Benito Franco

Benito Franco, de 43 anos, é coronel da PMGO e comandante de aeronaves. Ele esteve à frente da Rotam entre 2019 e 2021. Nas redes sociais, ele informa que também é instrutor de vários cursos, como tiro defensivo, abordagens e doutrina da corporação.

Ele costuma se posicionar politicamente nas redes sociais e, inclusive, já chegou a comparar fala do ministro da Justiça, Flávio Dino, a um discurso de Adolf Hitler.

Ameaçou Lula e depois afinou

Benito Franco afirmou no final do ano passado que “ladrão não sobe a rampa”, se referindo ao então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Logo a seguir, se retratou publicando uma série de áudios em sua conta no Instagram reconhecendo a vitória do petista e dizendo que Lula é “democraticamente e reconhecidamente” pelos três poderes da República “o presidente do Brasil eleito em 2022”.

Nas eleições de 2022, foi candidato a deputado federal pelo Partido Liberal (PL) e obteve 10.343 votos.

Militar preso

Euro Brasílico Vieira Magalhães, tenente-coronel da reserva da Aeronáutica, também foi preso nesta terça-feira, pela Polícia Federal (PF), na nova fase da Operação Lesa Pátria contra os atos golpistas de 8 de janeiro.

Euro Magalhães, que está na reserva desde 2012, foi detido no Rio de Janeiro.

Operação começou no dia 20 de janeiro

Essa é a 10ª fase da Operação Lesa Pátria. Ela teve a primeira fase no dia 20 de janeiro a fim de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os atos golpistas na Praça dos Três Poderes.

Os fatos investigados pela PF incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A Polícia Federal está cumprindo determinações judiciais contra indivíduos que destruíram as sedes dos 3 Poderes no dia 8 de janeiro, organizaram ou financiaram tais atos. Investigação prossegue para que a Lei seja integralmente observada, pois só assim teremos paz e democracia. Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública.

Com informações do Metrópoles