O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, esteve nesta quarta-feira (12) na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, onde foi questionado por inúmeros parlamentares sobre vários assuntos ligados à sua pasta.
A certa altura, os deputados bolsonaristas, que sempre usaram como deboche o desprezo com que agem em temas ligados à população carcerária, resolveram questionar Almeida sobre a qualidade da comida fornecida pelo governo do Distrito Federal aos golpistas terroristas que invadiram e destruíram as sedes dos três poderes em Brasília na tarde de 8 de janeiro deste ano.
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A resposta do ministro, que usou seu habitual tom de tranquilidade para explanar, constrangeu a bancada de extrema direita e fez com quem todos simplesmente calassem em relação ao assunto.
“Eu quero só lembrar de uma questão... Vamos falar de comida, da comida servida e que foi uma das reclamações, e que nós fomos apurar, que nós tivemos lá por meio da Ouvidoria... Nós fomos olhar, por conta das reclamações, os contratos... Porque a gente tem que olhar contrato... Tem que olhar como é que é servida a comida, como é que é feita a comida... E nós achamos um contrato aqui... E tem uma questão interessante... O valor médio por unidade da refeição que é contratada na penitenciária... No centro de detenção provisória, CDP II do Distrito Federal, o preço unitário da refeição é de 90 centavos... Acho que nem essas iniciativas de oferecer alimentação a preços populares, como em São Paulo, no Bom Prato, por exemplo, é 90 centavos... O almoço R$ 3,36... O jantar R$ 3,31... E é importante que se diga isso para a gente pensar nas condições do sistema carcerário... Sabe quem que assinou esse contrato? O antigo secretário de Estado da Segurança Pública do Distrito Federal, o senhor Anderson Torres”, disse Almeida. O que se seguiu à resposta foi um silêncio constrangedor por parte dos bolsonaristas.
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