Marcos Coimbra, sociólogo e diretor do Instituto Vox Populi, concedeu entrevista ao Fórum Onze e Meia desta quarta-feira (12). O analista comentou como está o equilíbrio de forças na opinião pública sobre o governo após cem dias de gestão.
Na opinião de Coimbra, o novo governo possui a capacidade de conquistar mentes e corações que votaram em Bolsonaro no ano de 2022.
Te podría interesar
“Continuo achando que Lula tem todas as condições de retomar a comunicação com uma parte desse universo. É muito possível que exista um pedaço inalcançável”, analisou o sociólogo.
“Não existe ameaça de polarização, só existe a ameaça da extrema-direita. Isso é verdade na Europa, nos EUA, na América do Sul e no Brasil”, disse.
Te podría interesar
Para ele, é necessária uma preparação específica para um embate com a extrema-direita nos próximos quatro anos.
“Ainda não houve um sinal mais positivo da sociedade, apesar do enorme esforço que Lula está fazendo”, disse. “Ao invés de ser uma rainha na Inglaterra, ele está dando um duro lascado, fazendo um esforço muito grande para recuperar a relação e a comunicação com essa parte grande do país”, disse.
Mas os sinais não são positivos mundo afora. E uma opção sem Lula para 2026 parece complicada. “Para quem ganhou com ele em uma eleição apertada, sem ele a hipótese é ainda pior”, diz.
“Cinco meses depois da vitória de Lula, há um sinal de preocupação. Ele está fazendo um enorme esforço e, considerando um enorme esforço, é até bom que a atravesse esse começo sem cair. Mas precisa subir”, disse.
“Lula, hoje, é perfeitamente candidato. O fato de ele estar com 76 não dificulta em nada o trabalho que ele está fazendo”, disse. “Ele continua a ser o melhor nome que as forças democráticas brasileiras têm. Se não fosse ele, teríamos de novo a figura de Jair Bolsonaro sentada na cadeira do Planalto”, completou
Veja a entrevista completa de Marcos Coimbra ao Fórum Onze e Meia: