O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou através de seu porta-voz que deve concorrer à reeleição nas eleições de 2024. Durante a campanha de 2020, o democrata havia afirmado que desejava ter apenas um mandato e ceder seu cargo a um colega democrata no pleito do ano que vem.
A promessa não deve ser cumprida. A conselheiros, Biden afirma que "definitivamente está concorrendo", mas a formalização da campanha só deve acontecer no final deste ano.
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O principal problema da campanha de Biden é a idade do presidente. Aos 80 anos de idade, em caso de reeleição, Biden terminaria o seu segundo mandato aos 86 anos de idade. Ele já é o chefe da Casa Branca mais velho da história do país.
A ideia anterior do Partido Democrata seria fortalecer a imagem de Kamala Harris, atual vice-presidente, para assumir a presidência após um mandato de Biden. Contudo, a ex-senadora não adquiriu capital político nos últimos anos e segue sendo impopular entre diversas comunidades.
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A estratégia é deixar os debates das primárias dos republicanos em evidência, deixando os conservadores Ron DeSantis e Donald Trump se atacarem entre si por meses, sem a necessidade de se desgastar com um debate eleitoral precoce.
“O presidente Biden deixou claro que pretende concorrer, e seu foco é terminar o trabalho que está fazendo para as famílias americanas: continuar trazendo a manufatura de volta do exterior, reduzindo ainda mais o déficit fazendo com que ricos interesses especiais paguem sua parte justa e permanecendo por direitos fundamentais como a liberdade de escolha”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, à CNN.
De fato, a campanha republicana já começou e os ataques entre DeSantis e Trump já começaram na mídia, apesar do governador da Flórida não ter oficializado suas intenções presidenciais.
Atualmente, Donald Trump é cotado como o favorito, com uma liderança de 37 pontos a mais do que Ron DeSantis. O ex-presidente tem 58% e o governador da Flórida tem 21%, segundo o relatório Ipsos/Reuters.
Joe Biden perde de ambos em todos os cenários eleitorais em pesquisas feitas neste mês. A avaliação é que Biden use a campanha para desidratar seus adversários e fortaleça seu governo com suas principais propostas de expansão econômica nos próximos meses.