SALVO PELA PF

Veja o valor gasto, detalhes, hipóteses e o aparato usado pelo PCC para matar Moro

Os detalhes de um plano que envolvia até a filha do ex-juiz que hoje é senador. Nove pessoas já foram presas e alvos seguem sob proteção policial

O senador Sergio Moro.Créditos: Agência Brasil
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O Brasil foi surpreendido na manhã desta quarta-feira (22) com a informação de que uma grande operação da Polícia Federal tinha desbaratado uma célula do PCC (Primeiro Comando da Capital), a mais poderosa organização criminosa do país, que pretendia assassinar várias autoridades públicas, entre elas o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que é ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL).

A decisão da maior organização criminosa do Brasil teria sido motivada por ações tomadas por Moro na época em que ele era ministro, como transferência de lideranças da quadrilha e a suspensão de alguns direitos que esses detentos tinham dentro do sistema prisional. Embora tenha sido revelado agora, o plano já tinha sido descoberto havia mais de um mês e Moro, assim como sua esposa (a deputada federal Rosângela Moro) e os filhos do casal, estavam sob proteção policial.

O plano para pôr as mãos no ex-todo poderoso da Lava Jato era complexo e envolveu uma verdadeira fortuna. Só para colocá-lo em prática, os integrantes do PCC teriam gasto aproximadamente US$ 550 mil, o equivalente a R$ 3 milhões, usados para alugar chácaras na Região Metropolitana de Curitiba e para adquirir carros blindados e armas sofisticadas e de grosso calibre.

Os primeiros passos teriam sido dados entre o meio de 2022 e o período eleitoral, em outubro, quando os endereços relacionados ao senador e sua esposa deputada foram levantados e passaram a ser monitorados pelos criminosos. De acordo com as investigações da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Departamento Penitenciário Nacional, o número total de envolvidos na operação criminosa era de 30 pessoas.

A intenção inicial era sequestrar Sergio Moro e levá-lo para um desses locais alugados, onde o senador provavelmente seria executado. Os autores do plano estudavam também outras hipóteses, caso não fosse possível atingir o senador diretamente. A principal alternativa seria sequestrar a filha dele.

Como Moro havia sido avisado há mais de um mês, ele e seus familiares já estavam sendo protegidos por policiais militares paranaenses especializados em escolta de autoridades, por determinação da Secretaria de Segurança Pública do Paraná.

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