Um grupo de auditores do Tribunal de Cintas da União (TCU) vai viajar aos Estados Unidos para investigar compras feitas por comandos da Forças Armadas do Brasil em Washington, entre os anos 2018 e 2022. O total envolvido chega a R$ 20 bilhões. A maior parte dos gastos ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Conforme relatório do TCU, ao longo de cinco anos, foram registradas 57.640 transações pelas unidades de Exército, Aeronáutica e Marinha na capital estadunidense.
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A previsão inicial é que a delegação do TCU permaneça nos EUA de 12 a 20 de abril. Há vistorias a serem feitas previstas na Comissão Naval Brasileira (CNBW), na Comissão do Exército (CEBW) e na Comissão Aeronáutica (CABW). A última vez que o TCU fez uma operação nesses moldes foi em 1997, durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O órgão alega que há necessidade de uma investigação presencial diante da quantidade de dados, e porque “foi detectada a ausência de informações usualmente armazenados em um sistema de compras”, aponta o tribunal, de acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
Solicitação para acessar sistema não foi autorizada
Os auditores pediram acesso ao sistema às Forças Armadas. Porém, a autorização não foi concedida, sob alegação da existência de informações sigilosas. O TCU disse, também, que a equipe de auditores tinha competência legal para analisar as informações e que os dados solicitados eram públicos, por não envolver compras estratégicas de defesa.
Diante deste cenário, o grupo de auditores realizará uma inspeção física, entrevistas e verificará, a partir da análise de documentos, se as transações realizadas obedeceram as normas legais.