Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino foi às redes sociais na manhã desta quinta-feira (16) e rebateu as acusações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que ocupou a tribuna da Câmara no dia anterior para tentar associar o ministro ao tráfico de drogas em comunidades do Rio de Janeiro.
VEJA VÍDEO: Eduardo Bolsonaro associa Dino ao tráfico e ouve verdades incômodas de Glauber Braga
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Eduardo - que ouviu verdades incômodas de Glauber Braga (PSOL-RJ) ainda na Câmara - usou a visita de Dino ao Complexo da Maré com uma comitiva de "apenas 2 carros e sem trocar tiros" para tentar associar o ministro a traficantes da região e, mais uma vez, criminalizar a população que moram nas favelas da capital fluminense.
"Flávio Dino foi visitar o Complexo da Maré, comunidade dominada pelo tráfico de drogas mais bem armada do Rio de Janeiro, com dois carros. Ou seja, tá tudo armado com o tráfico de drogas. Galera do CPX tá, ó, pode chegar que tá na boa", disse Eduardo, antes de ser detonado por Braga.
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Em resposta, Dino afirmou que "essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado".
"Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos", disse o ministro, divulgando a imagem do encontro que teve na Maré.
Na visita à comunidade, o ministro participou do lançamento do Boletim “Direito à segurança pública na Maré”, publicação que a Redes da Maré faz anualmente desde 2016 e que apresenta a sistematização dos dados sobre os impactos da violência armada no Complexo.
A Redes da Maré é uma organização da sociedade civil, que nasceu a partir da mobilização comunitária e que atua para articular soluções para os problemas da população local.
“Só é possível planejar e executar ações boas e corretas ouvindo as pessoas certas. Nós acreditamos que esse boletim é um elemento importante, uma espécie de mapa do caminho que vai nos ajudar a combater a violência no Brasil e implantar uma cultura plena da paz”, afirmou Dino no encontro.
Além de receber em mãos o boletim, o ministro Flávio Dino participou de uma roda de conversa com comitivas da rede internacional Open Society, que apoia grupos da sociedade civil em todo o mundo, com o objetivo de promover justiça, educação e saúde pública, e de coletivos de favelas.
Também estiveram na comunidade os secretários de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, além da diretora do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Tamires Sampaio.