ROTA DE FUGA

Eduardo Bolsonaro propõe nova estratégia para o pai fugir de eventual prisão no Brasil

Ao reencontrar Michelle nos EUA, Bolsonaro sinalizou que pode retornar ao Brasil no dia 29 de março, mas que analisará a conjuntura no país antes de confirmar o retorno.

Jair e Eduardo Bolsonaro.Créditos: Reprodução/Twitter
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Em meio à tentativa de Michelle Bolsonaro de convencer o marido, Jair Bolsonaro (PL), a não voltar ao Brasil em meio ao escândalo das joias sauditas, o filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) propôs uma nova estratégia para o pai se manter longe do país e de uma possível prisão, caro decida realmente retornar.

Ao reencontrar Michelle na noite desta terça-feira (14) nos EUA, Bolsonaro sinalizou que pode retornar ao Brasil no dia 29 de março, mas que analisará a conjuntura no país antes de confirmar o retorno.

"Eu sempre marco uma data pra voltar, a data agora marcada é dia 29 desse mês. Quando falta uma semana, a gente estuda a situação, como é que tá o Brasil, como estão os contatos aqui", disse ele, contrariando a ex-primeira-dama.

Em entrevista à Bela Megale, no jornal O Globo desta quarta-feira (15), Eduardo revelou a estratégia para postergar a volta do pai ao Brasil, com claro intuito de ganhar tempo diante de um cenário desfavorável ao clã e, principalmente, ao ex-presidente devido à tentativa de se apropriar de joias dadas pela ditadura saudita.

O deputado defende que o pai inicie uma incursão em países como Portugal e Espanha para estreitar laços com representantes da ultradireita radical no mundo, como o deputado André Ventura, de Portugal, e Santiago Abascal, líder do partido Vox espanhol.

"O conselho que dou é que, neste primeiro momento, viaje o mundo estreitando as relações com outros políticos de direita. Essa troca de experiência é muito boa, enriquece a bagagem. Você vê, inclusive, a estratégia dos nossos opositores da esquerda para cada país", disse Eduardo.

Líder de O Movimento - grupo radical criado por Steve Bannon - na América Latina, o deputado atua como uma espécie de assessor internacional do pai na ultradireita mundial e, recentemente, viajou aos EUA para articular um encontro com Donald Trump em evento conservador após Bolsonaro ser criticado pela agenda pífia durante as férias, que já duram mais de 3 meses.