O desespero de Jair Bolsonaro (PL) de tentar pegar a todo custo o conjunto de joias no valor de R$ 16,5 milhões que ficou retido na base da Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, teve dois motivos que o próprio ex-presidente teria confidenciado a interlocutores próximos.
As joias foram apreendidas com um assessor do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em outubro de 2021, quando Bolsonaro iniciou uma mobilização para resgatar o presente dos sauditas que foi até as vésperas de deixar o Planalto, no fim de dezembro de 2022.
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Segundo informações de Bela Megale, no jornal O Globo, em conversa com o ex-chefe da Receita Federal, Julio Cesar Gomes, Bolsonaro foi alertado para o risco de que as joias cravejadas de diamantes poderiam ir à leilão.
Esse foi um dos motivos que teria levado o presidente a armar a operação de resgate no final do seu mandato.
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Após as tentativas feitas em 2021 de reaver as joias, Bolsonaro teria evitado recuperar o presente durante o processo eleitoral. Sem se manifestar sobre o caso na Receita, o ex-presidente recebeu o alerta sobre um possível leilão por “pena de perdimento aos bens por abandono”, que constava em um documento de julho do ano passado.
O outro motivo, segundo a jornalista, teria sido verbalizado pelo próprio Bolsonaro durante a reunião: de que não queria “deixar nada pro Lula”.