De olho no voto feminino, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, vai turbinar o PL Mulher, ala do partido que está sendo comandada por Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama que voltou ao Brasil e assumiu o protagonismo político do clã na ultradireita enquanto Jair Bolsonaro (PL) segue seu "descanso" nos EUA.
Segundo informações de Bela Megale no jornal O Globo, Michelle terá cerca de R$ 10 milhões do fundo partidário para gastar em viagens e eventos para mobilizar as mulheres filiadas à sigla. Por mês, a ex-primeira-dama terá R$ 887,5 mil em verba.
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O valor representa 5% dos cerca de R$ 213 milhões que o PL receberá em recursos do fundo partidário. O porcentual é o mínimo determinado por lei às legendas para alavancar o protagonismo de mulheres na política.
Michelle deve intensificar a agenda política já em março para pegar carona no Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março. A ex-primeira-dama receberá em princípio um salário de R$ 39,2 mil para presidir o PL Mulher, valor equivalente ao salário de um deputado federal. A partir de abril, o valor sobe para R$ 41,6 mil.
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A aposta de Costa Neto no eleitorado feminino se deu após a promulgação de uma emenda constitucional que estabelece que os votos dados a candidatas mulheres e a negros serão contados em dobro para efeito da distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) nas eleições de 2022 a 2030.