ARMAS

Dino manda recado para CACs

Ministro da Justiça e Segurança Pública exige cumprimento de medida para porte de armas

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública.Dino manda recado para CACsCréditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, mandou um recados para os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas) nesta quinta-feira (16). Segundo o ministro, apenas 68.488 pessoas incluídas na categoria recadastraram suas armas conforme previa um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro dia do novo governo.

Existem no Brasil pelo menos 700 mil CACs. O decreto de Lula, entre outras coisas, exige que todas as armas adquiridas a partir de maio de 2019, quando passou a vigorar o “liberou geral” das armas de Bolsonaro, tinham de ser recadastradas no Sinarm (Sistema Nacional de Armas). Dino avisou que quem não fizer o recadastramento no prazo estipulado, que termina no fim de março, poderá incorrer em conduta criminosa.

O recadastramento busca colocar na Polícia Federal o controle das armas legalizadas no país, até então sob a tutela do Exército que admitiu ter perdido o controle da questão. Na quarta-feira (15) o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu todos os processos que discutem a legalidade do decreto de Lula.

“Havia a ilusão de alguns de que o decreto do presidente Lula seria derrubado e não foi nada disso. Queremos deixar muito claro que o prazo está fluindo. Vamos levar adiante esse recadastramento, que se finalizará ao término de março”, afirmou Dino.

Brasileiros rejeitam armas

Pesquisa da Quaest Consultoria feita em parceria com a Genial Investimentos, divulgada na quarta-feira (15), revela que a política de liberar armamento de forma desenfreada encampada por Jair Bolsonaro não encontra respaldo entre a sociedade - o que significa que os decretos baixados pelo presidente Lula para restringir o acesso às armas de fogo são apoiados pela maioria dos brasileiros. De acordo com a pesquisa, 75% dos entrevistados discordam que a compra e posse de armas deve ser facilitada, enquanto apenas 2% concordam.

*Com informações do G1.