ALÔ, ALEXANDRE DE MORAES

VÍDEO: Eduardo Bolsonaro promove mecanismo para burlar bloqueio de perfis pelo STF

Além de lista de e-mail, o filho de Jair Bolsonaro está promovendo mecanismo para "continuar assistindo" "um político, um jornalista, um youtuber, um ativista se ele estiver bloqueado no Brasil"

Allan dos Santos e Eduardo Bolsonaro em Nova York.Créditos: Twitter
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Buscando criar mecanismos para tentar conter o debandada de apoiadores após a derrota do pai, Jair, nas eleições presidenciais, e as ações judiciais contra fake news, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está promovendo nas redes um mecanismo para burlar o bloqueio pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de perfis de aliados que ecoam o discurso do gabinete de ódio na extrema-direita.

Neste sábado (11), o deputado federal lançou o "Boletim Conservador" para distribuir por e-mail conteúdo bloqueado nas redes sociais e gravou um vídeo explicando como usar um mecanismo para burlar os bloqueios de perfis pela Justiça.

"Determinados políticos estiveram sob censura, não puderam usar suas redes sociais. Nesse período, você gostaria de ouvir o que esse político estava fazendo de vídeo, o que ele estava te orientando? E num canal seguro gente. Não tem como você 'derrubar' uma lista de e-mail. Isso não existe. Então é a maneira que a gente encontrou para que a gente possa manter nosso contato independentemente da censura", disse o deputado sobre o "boletim".

Em seguida, Eduardo divulga um serviço que, segundo ele, é usado para por opositores para burlar "ditaduras": o VPN, sigla de Virtual Private Network, ou Rede Privada Virtual. O mecanismo, no entanto, foi usado por aliados, como Allan dos Santos para tentar criar perfis após a suspensão de suas contas nas redes sociais pela Justiça. 

"Eu gosto muito de aprender com quem tem experiência. E nesse caso de censura, ditadura, etc, que tem mais experiência nisso? São os cubanos, os venezuelanos, os nicaraguenses. Essas pessoas sabem muito antes de nós o valor de um VPN", diz Eduardo, antes de explicar o funcionamento do mecanismo.

"Sabe o que é um VPN? VPN é um aplicativo [...], normalmente é pago, mas eu acho que vale a pena - se você tiver condições, pague, tem alguns até baratos. O VPN é como se você pegasse o seu celular e teletransportasse ele para o exterior", explica.

"Então, às vezes, o seu celular vai estar com um IP [dado de identificação] da Hungria, às vezes com um IP de Moçambique, do Japão, da Austrália. E o que acontece? Então, você tem acesso a todas aquelas pessoas que porventura estejam bloqueadas no seu país. O VPN serve para isso. Pensa em alguém que você gosta - um político, um jornalista, um youtuber, um ativista - se ele estiver bloqueado no Brasil, você pode continuar assistindo ele se estiver ligado no VPN", conta Eduardo.