"NOVILINGUA"

Eduardo Bolsonaro delira e tem chilique após Agência Brasil usar linguagem inclusiva

Ao encerrar as férias em Dubai, o filho 03 de Jair Bolsonaro surtou ao se deparar com chamada da agência estatal e distorceu George Orwell para criar teoria da conspiração sobre "o próximo passo da esquerda".

Eduardo Bolsonaro armado e em Dubai.Créditos: Instagram
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Despedindo-se das férias em Dubai, nos Emirados Árabes, de onde viu à distância o desmantelamento do golpe incitado pelo clã, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve um chilique ao se deparar com a chamada de um texto em linguagem inclusiva divulgado pela Agência Brasil, órgão estatal que havia sido aparelhado pelo pai, Jair Bolsonaro (PL).

Ao comentar a chamada "Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília", do texto que trata sobre o 1º Encontro de LGBT+ eleites realizado nos dias 20 e 21 de janeiro, Eduardo Bolsonaro surtou e escreveu um dos mais longos textos de suas férias para atacar a linguagem defendida pelos seus futures amigues na Câmara Federal.

De forma delirante, o filho de Bolsonaro distorce o livro 1984 de Geroge Orwell - um conhecido progressista que teve parte de sua obra sequestrada pela ultradireita conservadora -, compara a linguagem inclusiva, um dos instrumentos para frear a violência de gênero, à "novilingua" criada pelo escritor, e tenta criar pânico nos seguidores em mais uma teoria da conspiração dizendo que "não há nada inocente nisso".

" Alguns podem achar bobeira, mas a linguagem é uma forma de domínio. Através dela, se transforma bandido em suspeito ou vítima da sociedade, roubo em expropriação, impeachment em golpe, manifestante em terrorista, conservadorismo em fascismo, invasão em ocupação, aborto em direito da mulher, violência em revolução. Reescreve-se a história. O próximo passo da esquerda é punir com a mão do Estado quem não se dobrar a essa nova língua", delira o "03" de Bolsonaro, antes de recomendar a obra de Orwell e citar amigos da ultradireita conservadora, como a deputada Ana Campagnolo (PL-SC) que tentou barrar "essa bizarrice" em Santa Catarina.

"Em Brasília o Congresso é mais numeroso e complexo do que geralmente as assembleias legislativas estaduais. Apoio os projetos já existentes, como o PL 5198/20 do @cabojunioamaral ,para proibir essa bizarrice de linguagem neutra, que não busca defender minorias, mas sim criar uma geração de super sensíveis, incapazes de reagir a nada, não superar nem um grão de obstáculo na vida e assim tornarem-se ovelhas sob um regime autoritário", escreveu Eduardo, que é um defensor da Ditadura Militar, assim como o pai.

"Por mais que você ache perda de tempo lidar com algo aparentemente tão absurdo, que "nunca vai colar na sociedade", acredite: é essencial rejeitarmos isso antes que seja tarde demais e sua família seja totalmente destruída através da cultura", emendou.

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