ZERO PRA ELA

Carla Zambelli faz comparação esdrúxula para atacar palestinos após defender genocídio com "ratos"

Parlamentar bolsonarista exalou ignorância em nova publicação nas redes. Carla Zambelli já responde a processo por perseguir e incitar ataques contra Hasan Rabee, resgatado de Gaza pelo governo Lula.

Carla Zambelli e Bia Kicis em homenagem a Olavo de Carvalho na Câmara.Créditos: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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Destilando ódio e exalando ignorância em geopolítica, a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL) fez uma comparação esdrúxula para voltar a atacar o povo palestino, que é vítima do genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza.

A parlamentar, uma das mais radicais da extrema-direita fascista, vem propagando uma série de publicações xenófobas e criminosas contra o povo palestino para defender o governo sionista de Israel.

Zambelli chegou a apagar uma publicação com uma imagem que compara os palestinos, que estão sendo dizimados pelo Estado de Israel, a ratos após avalanche de críticas. 

A ilustração, que mostra uma águia com bandeiras de Israel e EUA prestes a capturar um rato com uma bandeira palestina, tem clara inspiração nazista. Ao fundo, havia uma cidade sendo bombardeada.

Durante o regime de Adolf Hitler na Alemanha (Terceiro Reich), uma das propagandas de ódio mais recorrentes era representar os judeus como ratos.

O nazismo se faz presente na postagem da deputada não só pela forma, mas também pelo conteúdo: ao colocar uma águia "israelense" capturando um roedor "palestino", a bolsonarista, indiretamente, prega o extermínio do capturado, tal qual os nazistas pregavam o extermínio de judeus. 

A parlamentar também responde na Justiça, com cerca de 200 bolsonaristas, por promover ataques contra o brasileiro-palestino Hasan Rabee, um dos que compunha o grupo que estava na Faixa de Gaza e foi repatriado pelo governo Lula.

Nova publicação

Na nova publicação na rede X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (4), Zambelli mistura alhos com bugalhos e divulga um vídeo de uma mulher sendo torturada no Afeganistão para atacar o povo palestino.

"É assim que as mulheres são tratadas no Afeganistão. Onde estão todos os protestos e ativistas que condenam esta violência baseada no gênero? Onde estão todos os ativistas ‘pró-palestinos’?", escreveu no tuite.

Mostrando toda a ignorância em geopolítica e assuntos do mundo islâmico, Carla Zambelli usa um exemplo da política afegã para atacar gratuitamente os palestinos.

O Afeganistão é governado há três anos pelo movimento fundamentalista e nacionalista islâmico Talibã, que foi alçado ao poder após assinar um acordo de paz com os EUA, que retirou as tropas estadunidenses após promoverem um verdadeiro massacre no país com a desculpa de prender Osama Bin Laden, acusado de ser o autor dos ataques às Torres Gêmeas em 11 de Setembro de 2001.

Bin Laden foi capturado e morto em um esconderijo no interior do Afeganistão em maio de 2011 pelos militares dos EUA.

Após o ataque, as forças dos EUA levaram o corpo de Bin Laden até o Afeganistão. Em menos de 24 horas após a morte, o cadáver teria sido identificado e jogado ao mar.

No entanto, em março de 2012, o WikiLeaks revelou e-mails da Stratfor Global Intelligence (empresa privada de segurança conhecida como "CIA na sombra"), segundo os quais o sepultamento de Bin Laden em alto-mar nunca aconteceu. Segundo divulgou o jornal espanhol Público, o corpo do ex-líder da Al Qaeda teria sido levado para os Estados Unidos em um avião da CIA.