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Discussão política na ceia de Natal? Veja se sua família está nas estatísticas

Passado um ano da eleição de Lula, que prometeu reunificar as famílias implodidas nos grupos de WhatsApp durante a gestão Bolsonaro, uma parcela dos brasileiros ainda teme pelas brigas políticas nas festas natalinas.

Jair Bolsonaro e Lula em celebrações do Natal no Planalto.Créditos: Alan Santos e Ricardo Stuckert
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Passado um ano da eleição de Lula, que prometeu unificar o país e reunificar as famílias nos grupos de WhatsApp implodidos durante o governo Jair Bolsonaro (PL), pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira (22) revela que muitos brasileiros ainda temem que a discussão política atrapalhe a ceia de Natal.

Segundo o levantamento, 1 em cada 5 brasileiros temem pela briga com algum familiar bolsonarista - ou lulista - em meio à confraternização em que se comemora o nascimento de Jesus, segundo a crença cristã.

A pesquisa mostra que 21% têm receio das discussões, enquanto 76% acreditam que a questão política foi superada na família.

O medo do desentendimento se concentra principalmente entre os mais jovens. Entre os que têm de 16 a 34 anos, 23% têm medo que as reuniões terminem em briga, contra 20% de quem tem entre 35 e 59 anos e 18% entre os mais velhos.

O estudo ainda mostra que algumas pessoas chegaram a desistir dos encontros familiares no final de ano em razão das brigas políticas: 10% decidiram não se reunir mais com a família e 9% têm algum parente que abandonou as festas natalinas por causa da política.

Apesar das brigas, 82% dizem que passaram o Natal com a família. 

Polarização na ceia

O estudo reflete ainda a visão polarizada na produção da ceia e nas compras de Natal. Para 25% a ceia estará mais farta, 36% dizem que estarão igual a do ano passado e 35% que será pior.

Entre eleitores de Lula 39% dizem que a ceia será mais farta contra apenas 10% dos eleitores de Bolsonaro. Já sobre presentes, 67% dos bolsonaristas afirmam que vão comprar menos coisas neste ano, contra 33% dos que declaram voto em Lula.

No total, 22% afirmaram que vão comprar mais presentes de Natal que no ano passado, 27% disseram que vão adquirir a mesma quantidade, e 48% que comprarão menos.