Passado um ano da eleição de Lula, que prometeu unificar o país e reunificar as famílias nos grupos de WhatsApp implodidos durante o governo Jair Bolsonaro (PL), pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira (22) revela que muitos brasileiros ainda temem que a discussão política atrapalhe a ceia de Natal.
Segundo o levantamento, 1 em cada 5 brasileiros temem pela briga com algum familiar bolsonarista - ou lulista - em meio à confraternização em que se comemora o nascimento de Jesus, segundo a crença cristã.
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A pesquisa mostra que 21% têm receio das discussões, enquanto 76% acreditam que a questão política foi superada na família.
O medo do desentendimento se concentra principalmente entre os mais jovens. Entre os que têm de 16 a 34 anos, 23% têm medo que as reuniões terminem em briga, contra 20% de quem tem entre 35 e 59 anos e 18% entre os mais velhos.
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O estudo ainda mostra que algumas pessoas chegaram a desistir dos encontros familiares no final de ano em razão das brigas políticas: 10% decidiram não se reunir mais com a família e 9% têm algum parente que abandonou as festas natalinas por causa da política.
Apesar das brigas, 82% dizem que passaram o Natal com a família.
Polarização na ceia
O estudo reflete ainda a visão polarizada na produção da ceia e nas compras de Natal. Para 25% a ceia estará mais farta, 36% dizem que estarão igual a do ano passado e 35% que será pior.
Entre eleitores de Lula 39% dizem que a ceia será mais farta contra apenas 10% dos eleitores de Bolsonaro. Já sobre presentes, 67% dos bolsonaristas afirmam que vão comprar menos coisas neste ano, contra 33% dos que declaram voto em Lula.
No total, 22% afirmaram que vão comprar mais presentes de Natal que no ano passado, 27% disseram que vão adquirir a mesma quantidade, e 48% que comprarão menos.