Lula fecha o ano de 2023 com uma aprovação de 54% dos brasileiros, que veem os programas sociais retomados pelo atual governo como principal feito do presidente em terceiro mandato. O índice de aprovação na última pesquisa Quaest de 2023 está dois pontos percentuais do registrado no primeiro levantamento, realizado em fevereiro - mas acima dos 51% revelado em abril pelo instituto.
O pico da aprovação de Lula aconteceu em agosto, quando a Quaest registrou índice de 60% - contra 35% daqueles que desaprovavam o presidente. Atualmente, o índice de aprovação está em 43%, diante dos 28% registrados em fevereiro.
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A pesquisa mostra como principais feitos do presidente a recriação do Minha Casa, Minha Vida e o aumento do Bolsa Família, lembrados por 7% dos entrevistados. A bolsa de R$ 200 e a poupança de R$ 1 mil para as crianças não deixarem a escola vem em seguida, juntamente com a retomada do Farmácia Popular e o lançamento do Desenrola, programa de renegociação de dívidas criado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Eles foram citados por 6% dos entrevistados.
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Em contrapartida, os entrevistados citam as viagens internacionais e a posição do presidente em relação ao Hamas, pivô do genocídio palestino provocado por Israel em Gaza, como principais erros de Lula. Além disso, os mesmos 5% citam a retomada de relações com a Venezuela.
O aumento dos impostos sobre as armas - bandeira de Jair Bolsonaro (PL) - é citado por 4% dos entrevistados como "erro" de Lula.
Polarização
A exemplo do que revelou o Datafolha, a Quaest mostra ainda um país dividido - "polarizado", no termo usado pela mídia liberal - em um cenário ainda bastante próximo ao do resultado das eleições presidenciais, vencidadas por Lula por 50,9% contra 49,1%.
Entre aqueles que votaram no petista, 90% aprovam o trabalho que ele está fazendo, contra 9% de desaprovação. Já entre os que votaram em Bolsonaro, 83% desaprovam Lula e 15% aprovam Lula.
A polarização é refletida na avaliação do governo, que registra 36% de positivo, 32% de regular e 29% de negativo. O índice de aprovação está 4 pontos abaixo da primeira pesquisa, quando 40% avaliavam o govenro como positivo e 20% como negativo - outras 24% classificavam como regular em fevereiro.
Na pesquisa atual, entre os lulistas, o governo tem 22% de ótimo, 43% de bom e 29% de regular positivo. Já entre os bolsonaristas, 47% avaliam como péssimo, 20% como ruim e 24% como regular negativo.
Em relação a economia, 34% acham que melhorou, 33% que ficou do mesmo jeito e 31% que piorou. Para 55% dos eleitores de Lula houve melhora, enquanto para 64% dos bolsonaristas, uma piora.
A polarização é refletida até mesmo em questões factuais da economia: para 70% dos eleitores de Bolsonaro os preços dos alimentos está subindo, enquanto 51% dos lulistas vêm os valores caindo. Da mesma forma é para os combustíveis: eleitores de Lula afirmam que os preços caíram (35%), eleitores de Bolsonaro afirmam que os preços subiram (45%).
Sobre o futuro da economia, 78% dos lulistas estão otimistas, enquanto 54% dos bolsonaristas pessimistas.
A pesquisa ouviu 2.012 pessoas em 120 cidades de todas as regiões do país entre os dias 14 e 18/12. A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%.
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