Membro titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Sergio Moro (União-PR) foi às redes às 9h12 desta quarta-feira (13), em meio à sessão de sabatina a Flávio Dino e Paulo Gonet, indicados para o Supremo Tribunal Federal (STF) e Procuradoria-Geral da República (PGR) respectivamente, para atacar o governo Lula destilando aporofobia - a aversão aos pobres.
Em publicação na rede X, antigo Twitter, Moro publicou uma foto de um catador de material reciclável com o nome de Lula em sua carroça. "Primeiro ano do Governo Lula", escreveu o senador juntamente com a imagem.
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A publicação causou revolta entre seguidores, que apontaram a falta de qualquer medida de Moro para acabar com a pobreza.
"Quais suas propostas na área social? O que aprovou para o benefício dos mais necessitados? Ou seu trabalho é ficar na internet postando besteira?", indagou o perfil @vellozo_marcio.
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Internautas ainda publicaram imagens de brasileiros catando ossos durante o governo Jair Bolsonaro (PL), quando Moro foi ministro da Justiça, além de apontarem as incongruências nas críticas do senador.
A publicação de Moro se dá dois dias depois que Lula lançou o Plano Ruas Visíveis, voltado para dar assistência à população em situação de rua.
"Essa que é a realidade do descaso político, econômico e social desse país. Se essas pessoas existem, tem culpa e a culpa não pode ser outra senão do Estado. Eu, uma vez, passei numa cidade, e eu vi que o prefeito estava colocando paralelepípedos em pé, embaixo de uma ponte. E aí, calhou de um tempo depois eu encontrar com o prefeito. E eu perguntei: Escuta aqui, prefeito. Por que ao invés de estar plantando uma árvore, plantando flores, fazendo um jardim, você está plantando paralelepípedos?", disse Lula em seu discurso.
O presidente fez menção à política da prefeitura de São Paulo contra as pessoas em situação de rua, que foi combatida pelo padre Júlio Lancellotti, que esteve presente na cerimônia no Planalto e é alvo constante de ataques da extrema-direita.
"As pessoas, muitas vezes, são xingadas. “Quem mandou ter muito filho? Por que não se cuida? Por que não trabalha? Por que é vagabundo? Por que está na rua?” Será que é só isso? Será que é tão fácil a gente julgar as pessoas sem ter noção do que a gente está falando? Alguém já parou para conversar com essas pessoas? Alguém já parou para sentir a vida delas? Não. As pessoas fazem esse julgamento e, graças a Deus, a gente encontra uma figura como o Padre Júlio Lancelloti, na capital de São Paulo, que há muitos e muitos anos dedica a sua vida para tentar dar um pouco de dignidade, respeito e cidadania a essas pessoas", lembrou Lula.