SAL-GEMA

CPI da Braskem: Veja quem são os senadores que vão investigar o crime ambiental de Maceió

PT sinaliza nomes e o time de senadores está fechado; Instalação da comissão já tem hora para acontecer e primeira reunião escolherá presidente e relator

Parte de Maceió está afundando em decorrência da mineração de sal-gema da Braskem na região.Créditos: Reprodução
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar os crimes ambientais praticados pela mineração de sal-gema da Braskem em Maceió, que agora vê bairros inteiros afundando por conta da atividade extrativa, está marcada para começar na próxima terça-feira (12) e já tem um time de senadores pronto para entrar em ação.

Oriunda dos anos 70, a exploração de sal-gema da Braskem foi vista ao longo das décadas subsequentes como uma possível catalisadora para o afundamento da região. E nos últimos cinco anos, desde quando apareceram as primeiras rachaduras, o colapso vem sendo registrado [saiba mais adiante].

Mais recentemente, no último domingo (10), ocorreu o rompimento da mina 18, localizada sob a lagoa Mundaú no bairro Mutange. As imagens correram o Brasil. Esse evento deve ser o mais discutido na comissão.

Natural do próprio Estado de Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB) convocou a instalação da CPI para as 15h. A reunião servirá para escolher o presidente e o relator da comissão.

Ao todo, 11 senadores foram indicados pelos seus partidos e bancadas. PT e PDT são os únicos que ainda não formalizaram suas indicações mas já tiveram os nomes definidos internamente.

Veja a seguir quem são os senadores da CPI da Braskem

Renan Calheiros (MDB-AL)

Marcos Oliveira/Agência Senado

 

Rodrigo Cunha (Podemos-AL)

Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Efraim Filho (União Brasil-PB)

Roque de Sá/Agência Senado

 

Cid Gomes (PDT-CE)

Pedro França/Agência Senado

 

Omar Aziz (PSD-AM)

Pedro França/Agência Senado

Otto Alencar (PSD-BA)

 

Pedro França/Agência Senado

 

Jorge Kajuru (PSB-GO)

Pedro França/Agência Senado


 

Rogério Carvalho (PT-SE)

Marcos Oliveira/Agência Senado

 

Wellington Fagundes (PL-MT)

Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Eduardo Gomes (PL-TO)

Roque de Sá/Agência Senado

 

Dr. Hiran (PP-RR)

Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

Suplentes

Confira a seguir os senadores suplentes.

  • Fernando Farias (MDB-AL)
  • Jayme Campos (União Brasil-MT)
  • Soraya Thronicke (Podemos-MS)
  • Angelo Coronel (PSD-BA)
  • Fabiano Contarato (PT-ES)
  • Magno Malta (PL-ES)
  • Cleitinho (Republicanos-MG)

Entenda o caso

A cidade de Maceió, capital de Alagoas, enfrenta uma crise profunda que se desenrola há mais de cinco anos, culminando na desocupação forçada de áreas na última semana. Mais de 60 mil pessoas já foram evacuadas de 14 mil imóveis devido ao risco iminente de colapso das minas de sal-gema exploradas pela Braskem, que funcionam sob o solo. O drama ganhou um novo capítulo com a decisão da Justiça Federal, baseada em relatórios técnicos, que determinou a inclusão de novas áreas na zona de risco, resultando na criação de bairros fantasmas na cidade.

A ação judicial atendeu ao pedido do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público do Estado de Alagoas, que solicitaram a inclusão de mais áreas no programa de realocação da Braskem. Além disso, a Justiça estabeleceu a intensificação do monitoramento, dada a gravidade da situação.

Segundo a Defesa Civil de Maceió, a zona afetada já estava praticamente desocupada, e medidas preventivas foram adotadas, como a solicitação para que embarcações e a população evitem transitar na região até nova atualização do órgão. O risco iminente de colapso poderia resultar na formação de sinkholes, caracterizados pelo afundamento da superfície e a criação de crateras devido ao esvaziamento do subsolo.

Em resposta à crise, a Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por 180 dias e estabeleceu um Gabinete de Crise para acompanhar de perto a situação. O governo federal também demonstrou preocupação, com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, orientando ministros a acompanharem a situação de perto.

A exploração das minas pela Braskem, que começou na década de 1970, está relacionada ao afundamento progressivo da região.