ISRAEL

Lindbergh Farias pede expulsão do embaixador de Israel

Parlamentar do PT afirma que diplomata israelense "cruzou a linha do aceitável"

Embaixador de Israel provoca governo LulaCréditos: Câmara dos Deputados
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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) fez uma publicação nas redes sociais pedindo a expulsão do embaixador israelense Daniel Zohar Zonshine.

Ontem, o representante diplomático de Tel Aviv fez uma reunião com parlamentares de extrema-direita que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O diplomata criticou o governo do PT e sugeriu que existem pessoas no Brasil que apoiam supostas operações do grupo libanês xiita Hezbollah em território brasileiro.

Desde o dia 7 de outubro, o governo Lula criticou o que qualificou como "atos terroristas do Hamas" e tem feito esforços de paz para dialogar com Israel em favor da cessação de conflitos na região.

Lula chegou a se encontrar com a associação de familiares de sequestrados pelo Hamas, em um claro sinal de aproximação do governo israelense.

Simultaneamente, o presidente brasileiro também pediu para que o massacre contra os civis em Gaza acabe e que Israel interrompa as hostilidades contra os palestinos.

Porém, o ato do embaixador israelense com o ex-presidente inelegível reforça o apoio de Tel Aviv à extrema-direita brasileira. Além disso, Israel também tem mantido diversos cidadãos brasileiros presos em Gaza, dando prioridade para países alinhados politicamente ao regime Netanyahu.

O pedido de Lindbergh e a cobrança de Gleisi

Por isso, Lindbergh Farias pediu a expulsão de Zonshine do Brasil. 

"O embaixador de Israel, Daniel Zonshein, cruzou a linha do aceitável. Criticou publicamente Lula e o governo, que desde o início do conflito só pregam e trabalham pela PAZ, e agora se reúne com Bolsonaro e bolsonaristas pra fazer política?", afirmou o parlamentar no X.

"Devia estar seriamente empenhado em retirar brasileiros da região, isso sim. Basta. Que o Itamaraty avalie e requisite sua expulsão do país", completou o deputado.

A presidenta do PT e parlamentar Gleisi Hoffmann (PT-PR), também cobrou publicamente o diplomata. "Mais uma vez o embaixador de Israel no Brasil intrometeu-se indevidamente na política interna de nosso país, num ato público com o inelegível Jair Bolsonaro, realizado em pleno Congresso Nacional", disse no X.

"O Brasil não admite que questionem nossa soberania. Esta é a lição que o embaixador de Israel não entendeu. O tempo da subserviência acabou junto com o mandato de Jair Bolsonaro, que prestava continência para a bandeira dos Estados Unidos e fez do Brasil um pária entre as nações", complementou.