Em longa publicação na rede X na manhã desta quinta-feira (9), o ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu a soberania do governo brasileiro e a autoridade da Polícia Federal (PF) diante das especulações sobre a operação que resultou na prisão de dois supostos membros do Hezbollah no Brasil.
As críticas se deram principalmente pela operação ter sido desencadeada a partir de alertas emitidos pelo Mossad, agência de inteligência do governo sionista de Israel, e por órgãos de investigação dos EUA.
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Em oito tópicos, Dino ressaltou que "o Brasil é um país soberano" e que "nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal".
"O Brasil é um país soberano. A cooperação jurídica e policial existe de modo amplo, com países de diferentes matizes ideológicos, tendo por base os acordos internacionais", começou Dino.
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"Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento", relatou em seguida.
Segundo Dino, a "plausibilidade de indícios" enviados por autoridades internacionais é feita pelos delegados da PF, que enviam pedidos à Justiça.
"Os mandados cumpridos ontem, sobre possível caso de terrorismo, derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil. Se indícios existem, é DEVER da Polícia Federal investigar, para CONFIRMAR OU NÃO as hipóteses investigativas", afirma.
O ministro afirma ainda que "as investigações da Polícia Federal começaram ANTES da deflagração das tragédias em curso na cena internacional".
"Apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos", afirmou o ministro, ressaltando que a PF "apresentará ao Poder Judiciário do Brasil os resultados da investigação técnica, isenta e com apoio em provas analisadas EXCLUSIVAMENTE pelas autoridades brasileiras".
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