A máquina de propaganda de guerra do governo sionista de Israel segue a todo vapor e agora ameaça jornalistas que participam da cobertura do genocídio promovido pelas Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) em Gaza.
As ameaças a jornalistas partiram primeiramente do ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro da Defesa, Benjamin Gantz, que equiparou os profissionais de imprensa aos "terroristas", como são tratados os membros do Hamas.
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"Os jornalistas que sabiam do massacre e ainda assim optaram por permanecer como espectadores ociosos enquanto crianças eram massacradas – não são diferentes dos terroristas e devem ser tratados como tal", escreveu Gantz na rede X, antigo Twitter, na manhã desta quinta-feira (9).
Em seguida, o perfil oficial do primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, afirma que o órgão oficial de imprensa do governo (GPO, na sigla em inglês) "emitiu uma carta urgente aos chefes dos órgãos de comunicação social que contrataram estes fotógrafos e pediu esclarecimentos sobre o assunto".
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"A Direção Nacional de Diplomacia Pública exige que sejam tomadas medidas imediatas", diz a sequência de publicações, que afirma ainda que "estes jornalistas foram cúmplices de crimes contra a humanidade".
"A Direção Nacional de Diplomacia Pública do PMO vê com a maior gravidade que os fotojornalistas que trabalham com os meios de comunicação internacionais se juntaram na cobertura dos actos brutais de assassinato perpetrados por terroristas do Hamas no dia 7 de Outubro nas comunidades adjacentes à Faixa de Gaza", afirma ainda o gabinete de Netanyahu.
As ameaças são direcionadas às agências Associated Press (AP), Reuters, à emissora CNN e ao jornal The New York Times.
"O Diretor do GPO, Nitzan Chen, exige explicações dos chefes dos escritórios de @AP, @Reuters, @CNN e @nytimes sobre as descobertas perturbadoras de @HonestReporting sobre o envolvimento de seus fotógrafos nos eventos de 7 de outubro, que atinge todos os profissionais e linha vermelha moral", diz o órgão oficial de imprensa do governo israelense.
Segundo o governo israelense, citando a Ong Honest Reporting, que monitora a atuação da mídia em relação aos temas sionistas, os fotógrafos dos quatro veículos estaria aguardando o ataque do Hamas em 7 de outubro pra fazer registros em território ocupado por Israel.
"Quatro fotógrafos que trabalham para estas redes documentaram os horrores perpetrados pelos terroristas do Hamas depois de terem rompido a cerca da fronteira com Israel. Filmaram o assassinato de civis, o abuso de corpos e o rapto de homens e mulheres", diz o GPO.