O grupo de 34 brasileiros que seguem reféns dos ataques sionistas em Gaza teve que lidar com uma nova frustração nesta quinta-feira (9).
O Egito cancelou a divulgação de nova lista de estrangeiros que deixariam a região de conflito e fechou a fronteira em Rafah, no sul de Gaza, após Israel acusar o Hamas de esconder integrantes feridos em ambulâncias que levam pessoas a serem atendidas no lado egípcio.
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Segundo informações da mídia israelense, o fechamento da fronteira se deu em comum acordo entre o governo sionista e o Egito. No entanto, não há até o momento a divulgação de quaisquer registros sobre a saída de integrantes do Hamas feridos em ambulâncias.
Nesta quarta-feira (8), Hasan Rabee, que mora em São Paulo e ficou preso em Gaza ao visitar a mãe em setembro, publicou imagens de novos bombardeios em Khan Younis, onde a família aguarda a liberação para cruzar a fronteira.
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"Bombardeio não para , registro agora Khan younis", escreveu Rabee.
Levante diplomático
O fechamento da fronteira, com os brasileiros seguindo como reféns no massacres promovido pelas forças israelenses em Gaza, acontece em meio a um levante diplomático do governo sionista contra o Brasil.
Após se reunir com Jair Bolsonaro (PL) e parlamentares cooptados pela propaganda sionista, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine resolveu atacar diretamente o Brasil e fazer insinuações sobre a gestão do presidente Lula.
Em entrevista ao diário carioca O Globo, Zonshine deu a entender que o grupo Hezbollah, baseado no Líbano, teria integrantes se infiltrando no Brasil “porque aqui há quem os ajude”.
“O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus. Se escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda”, afirmou o diplomata do Estado judeu.
Contrariado com a postura do governo liderado por Lula, que não apoiou Israel em sua empreitada que promove uma verdadeira matança de palestinos da Faixa de Gaza, a administração do primeiro-ministro de extrema direita Benjamin Netanyahu vem tentando arrastar o Brasil para o olho do furacão.
Nesta tarde, uma confusa notícia de que a PF teria prendido pessoas no país que teriam relação com o Hezbollah, e que estariam planejando atentados contra a comunidade judaica daqui, gerou desconfiança entre especialistas no assunto. Até o Mossad, o temido serviço secreto israelense, veio a público e confirmou a tal história.
Zonshine já havia causado mal-estar e uma ligeira crise diplomática por conta de seu perfil extremista e estilo “sem noção”. A reunião de hoje no Congresso Nacional, ao lado de Bolsonaro e de parlamentares ultrarreacionários, com a desculpa de apresentar supostos “vídeos exclusivos” dos ataques do Hamas ao território de Israel em 7 de outubro, já gerou um grave descontentamento no Planalto e no Itamaraty, sobretudo porque internautas vêm pedindo a expulsão do embaixador israelense do território brasileiro.