CULTURA DA MENTIRA

Chico e Caetano processam bolsonarista que criou fake news: fumam maconha nas mansões em Miami

Obcecado por maconha, Gilvan da Federal já levou pacote com erva ao plenário para atacar ministros do STF. Agora, bolsonarista usa artistas para criticar política Aldir Blanc, que vai destinar R$ 15 bi à Cultura.

Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilvan da Federal.Créditos: Instagram / Bruno Spada Câmara dos Deputados
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Chico Buarque e Caetano Veloso estão juntos novamente. No entanto, a dupla de compositores não visa um novo álbum ou show inédito para os fãs, mas mira mais uma fake news criada pela horda bolsonarista para atacar a Cultura.

Chico e Caetano entraram com uma ação na Justiça na última semana contra o deputado bolsonarsita Gilvan da Federal (PL-ES), que criou uma mentira envolvendo os dois artistas para atacar a Política Nacional Aldir Blanc, projeto do governo Lula lançado pelo Ministério da Cultura que vai destinar R$ 15 bilhões para o setor até 2027.

Além de uma política, a PNAB é um pacto federativo que otimiza os investimentos públicos na cultura brasileira e corrige as distorções históricas de concentração em poucos produtores e em poucos municípios. É também um reconhecimento a todos que lutaram na pandemia para manter viva a nossa cultura”, afirmou o presidente no lançamento do programa, no dia 25 de outubro.

Em discurso na Câmara, no entanto, Gilvan da Federal, que se notabilizou por andar com uma bandeira do Brasil no ombro pelo parlamento, afirmou que os R$ 3 bilhões anuais para a Cultura são "pro seu Caetano Veloso, pro seu Chico Buarque fumar a maconha deles, morar em Miami, nas mansões que eles moram".

O deputado bolsonarista ainda atacou o recurso destinado para a Cultura. "R$ 3 bilhões por ano para a Cultura, para Caetano Veloso, Chico Buarque, Daniela Mercury é uma palhaçada", afirmou.

Gilvan da Federal é um obcecado pela maconha. Durante votação para descriminalização da droga pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele levou em discurso no plenário da Câmara um pacote com 60 gramas de uma erva para atacar votos de ministros da corte sobre a quantidade de droga que poderia ser portada pelos usuários.

"Porque se isso for liberado, um deputado maconheiro vai trazer seu saquinho de maconha, vai querer fumar um baseado nas comissões, vai querer fumar um baseado no plenário", afirmou o bolsonarista em seu discurso.

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