QUE TROMBADA...

Ex-chanceler Aloysio Nunes zoa Bolsonaro por história de brasileiros em Gaza

Ministro das Relações Exteriores de Michel Temer avacalhou com o ex-presidente extremista por tentar fazer crer que ele influenciou em negociação com Israel

O ex-chanceler Aloysio Nunes.Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ex-ministro de Relações Exteriores do governo golpista de Michel Temer, Aloysio Nunes, deu uma entrevista à revista Carta Capital e avacalhou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que após uma reunião desconexa e provocativa com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, saiu dizendo que tinha atuado pela liberação de 34 cidadãos brasileiros que estão na Faixa de Gaza impedidos de saírem para o Egito por decisão do Estado judeu.

“Quem acredita que a Terra é plana pode acreditar em qualquer coisa... Evidentemente, é um delírio, resultado do fanatismo. E impostura por parte do Bolsonaro, que deve alimentar esse tipo de maluquice”, disparou Nunes.

Sobre Zonshine, que com sua atitude de se encontrar com alguém sem qualquer cargo no governo instituído causou um terremoto diplomático entre os dois países, o ex-chanceler soltou os cachorros e classificou o embaixador israelense com adjetivos pouco honrosos.

“Ele merecia ser declarado persona non grata, porque se meteu em assunto de política interna brasileira. Não tem nenhum sentido... É uma pessoa desqualificada para exercer esse posto em um país-chave”, acrescentou o antigo chefe do Itamaraty.

Nunes opinou também sobre o conflito iniciado há pouco mais de um mês, após um ataque do grupo radical palestino Hamas, que agora se tornou um massacre com as ações devastadoras de Israel contra os mais de dois milhões de civis que vivem na Faixa de Gaza.

“Não há solução política por parte do Hamas, porque ele quer a destruição do Estado de Israel, e não conseguirá. Do ponto de vista israelense, também não tem perspectiva política... A única hipótese de pacificação seria a adoção da resolução sobre os dois Estados, mas isso não é possível com o atual governo de Israel, composto por um populista ao lado de alguns piromaníacos”, concluiu.