À medida que o processo que pode cassar seu mandato por abuso de poder econômico avança, Sergio Moro (União-PR) fica cada dia mais exposto e mostra a hipocrisia de muito de seus discursos.
Reportagem de Renata Galf na Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (1º), revela que durante a pré-campanha à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz e atual senador empregou o sargento da Polícia Militar de São Paulo Gledson Guaraci Pereira Apolinário, que é réu por homicídio.
Te podría interesar
Apolinário, que chegou a ser candidato em 2020 pelo PSL (que deu origem ao União Brasil), responde a processo junto à Corregedoria da PM por assassinar dois jovens que estavam dentro de um carro com as luzes apagadas na Vila Tatetuba, na periferia de São José dos Campos, em 2016.
Apolinário estava com outros três PMs - os cabos Hallissen Santos da Penha e Roberto Donizeti de Souza e o soldado Edson da Silva. No entanto, o sargento teria sido o responsável pelas execuções. Um dos jovens foi morto com um tiro na cabeça, quando estava com as mãos na cabeça
Te podría interesar
Na Corregedoria, os policiais dizem ter agido em legíima defesa e que teriam encontrado cocaína no carro dos jovens. No entanto, imagens mostram que os PMs teriam plantado as drogas no automóvel e forjado um confronto.
À reportagem, a assessoria de Moro diz que "a contratação em questão foi realizada diretamente pelo Podemos e não pelo senador, que não conhecia a empresa ou a pessoa referida" e que "cabe ao partido a responsabilidade pelos contratos celebrados".
O Podemos afirmou que questionamentos sobre Apolinário devem ser direcionados à empresa Pleg Seg Assessoria, que forneceu os assessores para acompanhar Moro. O sargento não se manifestou sobre o caso, mas anteriormente já havia dito que trabalhou na segurança de Moro quando o então pré-candidato esteve em São Paulo. O Podemos pagou R$ 239 mil à empresa, segundo a prestação de contas.