ENTREVISTA

Pimenta no Roda Viva: Relação do governo Lula é com Autoridade Palestina e PT nunca teve relação com o Hamas

Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) afirma que os principais objetivos do presidente diante do conflito são a paz e a repatriação de brasileiros

Ministro Paulo Pimenta no programa Roda Viva.Créditos: /Divulgação/TV Cultura
Escrito en POLÍTICA el

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, concedeu na noite desta segunda-feira (23) uma entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura. 

Durante todo o primeiro bloco do jornalístico, Pimenta foi questionado sobre a posição do governo brasileiro com relação à guerra entre o Hamas e o Estado de Israel e provocado a classificar o grupo islâmico-palestino como terrorista.

Em suas respostas, o ministro reforçou que o Brasil, historicamente, segue o posicionamento da Organização das Nações Unidas (ONU), que não classifica o Hamas como um grupo terrorista, e fez questão de afirmar que os ataques contra Israel configuraram atos de terrorismo, repetindo que o governo brasileiro condena qualquer ação contra civis — seja  ela deflagrada pelo Hamas ou seja por parte das forças militares israelenses. 

"É importante que a gente destaque que o Brasil tem uma tradição em sua diplomacia em externar suas posições a partir das posições do Conselho de Segurança da ONU, que tem a competência de definir quem é terrorista ou não (...) Lula pautou nosso posicionamento em dois princípios: esforço pela promoção da paz e a garantia de repatriação com segurança de todos os brasileiros e brasileiras. Uma logística coordenada pessoalmente pelo presidente Lula (...) Em nenhum conflito internacional o Brasil optou por ter uma posição sobre os envolvidos diferente da posição da ONU", declarou Pimenta. 

Questionado sobre supostas relações entre o governo brasileiro e seu partido, o PT, com o Hamas, Paulo Pimenta negou, destacando que as relações, tanto da atual administração federal quanto de sua legenda, são com a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia e que possui reconhecimento de boa parte da comunidade internacional. 

"Nossa relação histórica é com a Autoridade Palestina. Nós, inclusive o PT, nunca tivemos relação com o Hamas. Nesse momento, ninguém pode deixar de condenar o que o Hamas fez. Existe uma unanimidade. Quem pode ser a favor de um ato bárbaro com mortes de civis? Da mesma forma ninguém pode ser favorável a um bombardeio indiscriminado que causa mortes de milhares de civis", pontuou. 

Assista ao programa