VIDA MANSA

Mamata: brasileiros pagaram Nutella, Rivotril e Fandangos para Bolsonaro

Novas revelações sobre os usos do cartão corporativo pelo ex-presidente da República chocam internautas

Mamata: brasileiros pagaram Nutella, Rivoltril e Fandangos para Bolsonaro.
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Com a queda do sigilo imposto ao cartão corporativo utilizado pelo ex-presidente Bolsonaro, uma série de gastos absurdos e, no mínimo, estranhos foram revelados. Entre eles, compras milionárias em padarias e de forma repetida. 

Além disso, há também a suspeita de que Bolsonaro tenha usado o cartão corporativo para financiar os seus passeios de motos, as famigeradas "motociatas". A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com uma ação na Procuradoria-Geral da República onde pede que o ex-presidente devolva aos cofres públicos o valor de R$ 182.209,83 e que todos os agentes públicos sejam enquadrados na Lei de Improbidade administrativa. 

Se por um lado há vastos indícios de mau uso do cartão corporativo, há também a revelação de que os brasileiros bancavam compras do dia a dia da família Bolsonaro, o que não é ilegal, mas antiético, visto que a verba é destinada para uso de atividades da presidência. 

Levantamento do Fique Sabendo - projeto que tem destrinchado os gastos do cartão corporativo realizados pelo antigo governo federal - revelou que os brasileiros bancaram salgadinhos Fandangos, Doritos, leite condensado, Nutella e Rivotril para o ex-presidente Bolsonaro. 

 

 

Picanha 


A plataforma ‘Fique Sabendo’ divulgou nesta segunda-feira (23) muito detalhes das compras realizadas por Jair Bolsonaro durante seu mandato, o que se somou a outros dados que mostraram gastos vultosos com motociatas e passagens do ex-presidente pelo país. Itens dos mais variados tipos era comprados sem qualquer cerimônia pela família presidencial, mas em uma só compra o valor e um produto chamaram muito a atenção.

Em 30 de março de 2019, três meses após tomar posse e muito antes da pandemia da Covid-19, quando a inflação disparou e o preço da carne foi às alturas, o ‘mito’, numa só tacada, comprou R$ 743 exclusivamente de picanha para um churrasco “pessoal”, o que equivalia à época a 18kg do corte. Uma quantidade absolutamente anormal para o consumo num churrasquinho de natureza íntima.

Aliás, picanha parece ser uma obsessão de Jair Bolsonaro. No curso de seu mandato, pelo menos com base nos gastos apresentados até agora, que representam apenas uma pequena fração do total, o ex-presidente comprou com o cartão corporativo 68 vezes esse tipo de corte de carne bovina. Mas não passou por aí: o contrafilé, outro corte nobre muito usado em churrascos, foi adquirido 67 vezes pelo líder radical.