Preso na manhã deste sábado (14) pela Polícia Federal ao desembarcar no Brasil, o ex-ministro de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi oficialmente considerado suspeito por cinco crimes relacionados às invasões e depredações das sedes dos Três Poderes no último domingo (8) em Brasília.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, expediu um mandado de custódia de Torres no qual mantém a prisão feita pela manhã e aponta que o bolsonarista é investigado por atos terroristas, dano, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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Ainda não há confirmações se Anderson Torres permanecerá preso no 4 º Batalhão da Polícia Militar ou se irá para um presídio; de acordo com informações que ventilam na imprensa na noite deste sábado (18), o mais provável é que permaneça no batalhão. O que já se sabe é que seu depoimento deve ser colhido na próxima semana pela Polícia Federal.
Entre as principais questões que ele terá de responder devem constar a ‘minuta do golpe’ encontrada em sua casa pela PF e que previa interferência de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral, além, é claro, da suposta omissão e conivência com os ataques à Brasília no último final de semana. Isto inclui as acusações de que as mudanças no DF proporcionadas por Torres após a posse de Lula (PT) em primeiro de janeiro tenham causado uma desestruturação na segurança local, e a viagem aos EUA realizada logo em seguida a esses acontecimentos, pela qual Ibaneis Rocha - o governador afastado do DF que o nomeou e exonerou em dias - acusa Torres de deixá-lo de "mãos atadas" durante os ataques.
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*Com informações do Estadão.