Em entrevista a Mauro Lopes e Eduardo Meirelles no Fórum Café nesta quarta-feira (11), o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, subordinado ao ministro da Justiça, Flávio Dino, criticou a estratégia de "apaziguamento" do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e afirmou que é hora de um "acerto de contas" com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para Damous não há espaço para negociação com os militares, que devem seguir as ordens judiciais e obedecer ao comandante supremo das Forças Armadas, que é o presidente Lula (PT).
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"Chegou a hora de ter uma conversa séria com militares, não aceitar mais essa coisa de tutela, de sempre ter que negociar. Eles têm que obedecer ordens: o comandante supremo das Forças Armadas é o Presidente da República. Não dá mais para ficar contemporizando, negociando. Se o juiz manda prender, tem que obedecer. Bandido que comete crime tem que ir para a cadeia. Os militares não podem ficar passando pano nisso, como estavam passando", afirmou.
Em seguida, o secretário criticou a estratégia de Múcio que, desde que foi indicado para ministro, tem apostado em uma relação de submissão ao comando das Forças Armadas.
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"De fato, mostra que a estratégia do ministro Múcio não está dando resultado. E domingo mostrou isso. Essa política de "apaziguamenteo", entre aspas, nós vimos no que isso já deu em outras eras, em outros tempos históricos. E agora é hora de fazer cumprir a lei e a Constituição", disse.
Damous ainda comentou a publicação de Jair Bolsonaro incitando os terroristas ao afirmar que "Lula não foi eleito, mas escolhido pelo STF e TSE". A postagem no Facebook foi apagada em seguida.
"Acho que chegou a hora de um acerto de contas com o Bolsonaro também. Ontem ele explicitou o apoio ao golpe de Estado", disse Damous, que ressalta que os atos terroristas são um teste para a democracia.
"Estamos em teste. Acho que domingo nós passamos dessa etapa do teste. Mas, a luta continua, a guerra continua e deve ganhar novos contornos de agora em diante".
Assista à entrevista.