Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreram os ataques terroristas em Brasília, no último domingo (8), deve entrar em breve para a lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Isso porque o ex-homem forte de Bolsonaro, que tem uma ordem de prisão contra ele expedida nesta terça-feira (10) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está nos Estados Unidos, assim como o ex-presidente. Torres viajou ao país da América do Norte dias antes do levante golpista com ataques às sedes dos poderes na capital federal.
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Moraes ordenou a prisão de Anderson Torres a partir de pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), que acusa o ex-ministro e ex-secretário de, indiretamente, ter colaborado com os terroristas, já que era dele a responsabilidade de coordenar a ação da Polícia Militar contra os bolsonaristas - tendo em vista que já havia informações prévias sobre a preparação dos atos golpistas.
Pouco antes de Moraes dar a ordem de prisão, a casa de Torres foi alvo de operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal, também a mando do ministro do STF. Enquanto sua casa era revirada, o ex-secretário de Segurança do DF, exonerado pelo governador afastado Ibaneis Rocha no mesmo dia do levante golpista, publicou uma mensagem no Instagram dizendo que seu WhatsApp foi "clonado" - em uma provável tentativa de livrar-se de possíveis conteúdos acusatórios contra si presentes no aparelho.
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Quando soube que será preso, segundo relatos de amigos à jornalista Natuza Nery, da GloboNews, Torres se desesperou e chorou ao telefone. Esses interlocutores disseram, entretanto, que o ex-secretário deve retornar ao Brasil nos próximos dias e se entregar à Polícia Federal.