O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Polícia Federal, com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), e prorrogou por mais 60 dias a investigação sobre a conduta de Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia da Covid-19. Com a decisão, o prazo se estende até 2 de outubro, data em que será realizado o primeiro turno das eleições.
A investigação tem como base o relatório final da CPI da Covid, que afirma que houve uma evidente omissão do governo sobre o combate à Covid e a "participação efetiva do presidente da República, de seus filhos, de parlamentares, do primeiro escalão do governo e de empresários na criação e disseminação das informações falsas sobre a doença".
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Além de Bolsonaro, os filhos Flávio e Eduardo, e deputados e ex-ministros como Ricardo Barros, Carla Zambelli, Osmar Terra, Bia Kicis, Carlos Jordy e Onyx Lorenzoni são investigados.
"Essas condutas colocaram a saúde das pessoas em risco, uma vez que contribuíram para o rápido incremento da contaminação pelo coronavírus, pelo surgimento de nova cepa do vírus e pelo aumento do índice de ocupação dos leitos hospitalares e, consequentemente, para a morte de milhares de brasileiros", diz o texto final da CPI.