O colunista da Globo Merval Pereira correu em defesa dos empresários golpistas que foram vítimas de busca e apreensão por parte da Polícia Federal (PF), após defenderem em grupo de WhatsApp um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições.
Em artigo publicado nesta quinta-feira (25), Merval afirma que “se têm (os empresários) uma visão tão estreita sobre a importância da democracia para proteger os cidadãos dos autoritários, do governante que acha que pode mandar em todo mundo e impede visões contrárias, mesmo minoritárias, de ser expostas, é lamentável, é criticável — mas não é crime”.
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E prossegue: “nos diálogos não há nenhuma indicação de que estejam preparando um golpe, financiando um golpe, apoiando um golpe de maneira efetiva. Há apenas comentários de que preferem uma ditadura à volta de Lula. É um gosto discutível — não pelo Lula, mas pela ditadura —, mas eles têm direito de achar isso.”
O articulista lembra, no entanto, que “como o inquérito é sigiloso, não podemos saber em que base a Polícia Federal pediu, e o ministro Alexandre de Moraes aceitou, a busca e apreensão. Espero que ele tenha feito isso diante de muitas evidências”.
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Pedro Serrano
Um tom parecido ao jo jornalista foi usado jurista Pedro Serrano, programa Fórum Onze e Meia. Ele lembrou, no entanto, que o processo corre em sigilo e que pode haver suspeitas que os empresários estejam por trás de financiamentos a atos golpistas.
"O problema maior é que podem haver suspeitas de que essa gente esteja financiando grupos mais radicais e violentos”, afirmou Serrano. “Eu creio que isso deve ter sido o principal mote dessa busca e apreensão. Mas, veja bem, eu creio, mas não sei exatamente, pois não conheço o inquérito. Mas se foi isso, tem sentido sim fazer a busca e apreensão”, encerrou.
Thaméa Danelon
A parcimônia de Merval Pereira e Pedro Serrano, no entanto, não foi usada pela ex-coordenadora da força-tarefa em São Paulo. Em sua conta do Twitter, a procuradora não levou e conta o sigilo da operação e citou dez pontos que, segundo ela, condenam a operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. Veja seu tuíte abaixo: