ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro sai em defesa dos empresários golpistas: "cadê a turminha da democracia?"

Grupo defendido pelo presidente pode ser enquadrado no crime de conspiração contra o Estado Democrático de Direito

Bolsonaro sai em defesa dos empresários golpistas: "cadê a turminha da democracia?".Créditos: Reprodução/ redes sociais
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Durante encontro com lideranças evangélicas em Betim (MG), realizado nesta quarta-feira (24), Bolsonaro voltou a espalhar fake news em seu discurso e saiu em defesa dos empresários que tramavam um golpe de Estado em troca de mensagens pelo WhatsApp. 

O mandatário criticou a operação da Polícia Federal contra o grupo golpista, que foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e cobrou uma posição dos signatários da Carta pela Democracia. O gupo defendido pelo presidente pode ser enquadrado no crime de conspiração contra o Estado Democrático de Direito. 

"Somos ainda um país livre. E eu pergunto a vocês: o que aconteceu no tocante aos empresários agora? Esses oito empresários. Eu tenho contato com dois deles. Luciano Hang e o Meyer Nigri. Cadê aquela turminha da carta pela democracia?", declarou Bolsonaro. 

Em seguida, Bolsonaro insinua que os grupos em torno da construção da Carta pela Democracia, ao contrário do que dizem, não são democratas. "A gente sabe que em época de campanha continuam lobos em pele de cordeiro. Acreditar que eles são democratas e nós não somos? Cadê a turminha da carta pela democracia?", disse. 

A Carta pela Democracia, desprezada por Bolsonaro, conta com o apoio de entidades como a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), centrais sindicais e já conta com mais de 1 milhão de assinaturas.

 

PF avalia pedir prisão dos empresários bolsonaristas que trocaram mensagens golpistas

 

Os empresários bolsonaristas que trocaram mensagens de teor golpistas em um grupo do WhatsApp e que foram alvos de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (23) podem ser presos a depender do que for apreendido nas buscas. As informações são das jornalistas Julia Dualibi e Andréia Sadi, no G1. 

A operação foi determinada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ainda nesta terça-feira a Polícia Federal deve tomar depoimento dos empresários bolsonaristas que articulam um golpe. 

Segundo fontes ouvidas pelas jornalistas, os investigados são suspeitos de atentar contra o Estado Democrático de Direito. 

Ao G1, outra fonte revelou que a PF não tinha acesso ao grupo de WhatsApp até que a conversa foi revelada pelo site Metrópoles. Por causa disso, foi necessário obter mais informações para compreender o teor das mensagens. O prazo para ouvir os alvos de busca é de 5 dias.

 

Empresários bolsonaristas que defendem golpe caso Lula vença são alvos de ação pela PF


 
Empresários que defenderam golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro são alvos de mandado de busca na manhã desta terça-feira (23), pela Polícia Federal (PF).

Entre eles estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nirgri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.

As conversas entre os empresários foram reveladas pelo site Metrópole.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (SF) foi quem autorizou as buscas. Os mandados estão sendo cumpridos nesta terça-feira (23) em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

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