O gabinete do ódio, comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), prepara, ao lado de ministros e auxiliares do governo, uma ofensiva na internet contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no horário de sua entrevista, na noite desta quinta-feira (25), ao Jornal Nacional.
Bolsonaristas devem utilizar os canais oficiais e de aliados para contestar em tempo real as declarações de Lula e também tentar explorar eventuais deslizes.
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A intenção é promover ataques a Lula e a defesa de Bolsonaro e, ao mesmo tempo, evitar que apoiadores e Lula dominem as discussões nas redes.
A campanha do candidato do PL, de acordo com reportagem de Jussara Soares, no Globo, aposta na comparação entre os dois governos para tentar reduzir a vantagem de Lula nas pesquisas de intenção de votos.
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Para bolsonaristas, Lula ainda é um “candidato analógico”, que não aprendeu a falar com espontaneidade nas redes sociais, tampouco a reagir ao desgaste causado por elas.
A campanha pretende usar essa “vantagem”, que considera ter, para equilibrar a exposição que o ex-presidente terá na televisão e tentar emplacar uma narrativa favorável ao atual titular do Palácio do Planalto.
O gabinete do ódio
A ação do grupo comandado por Carlos Bolsonaro tem o propósito de difundir ataques e desinformação, criando e deturpando dados para obter ganhos políticos, ideológicos e financeiros. A milícia digital, de acordo com relatório da Polícia Federal (PF), atua de forma anônima e tem como alvos adversários políticos, ministros do STF, integrantes do próprio governo e dissidentes, além da imprensa tradicional. Para a PF, a ação do grupo estimula a polarização e o acirramento do debate com os ataques à imprensa.
“Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado ‘gabinete do ódio’: um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os ‘espantalhos’ escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação”, alegou a delegada Denisse Ribeiro, que assina o documento.
Com informações do Globo