No bombardeio de perguntas que deixaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) desorientado e soltando uma série de respostas sem sentido e recheadas de mentiras, uma das que mais atingiu a escassa tranquilidade do postulante a um novo mandato no Palácio do Planalto: a avalanche de casos de corrupção que soterra seu governo.
William Bonner e Renata Vasconcelos começaram questionando sobre a falta de critério na escolha de seus ministros da Educação, citando todos os demitidos até agora, e enfatizando o escândalo dos pastores que cobravam propina dentro do MEC, sob os auspícios do ex-ministro Milton Ribeiro, e supostamente, segundo as falas do antigo chefe da pasta, com a anuência do presidente.
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“Escândalo? Cadê o duto do dinheiro vazando? Cadê o dinheiro? E você tá me acusando?”, tergiversou Bolsonaro.
Na sequência, Bonner perguntou sobre os casos de corrupção que, segundo o próprio candidato, “pipocam” em seu governo, e fechou o questionamento falando se sua interferência na PF para encobrir os escândalos, aparelhando a instituição, que deveria ser de Estado, não de governo.
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“Quem me acusou de interferência na PF foi o ex-ministro Sergio Moro. Falou que a prova da interferência estava numa gravação de uma sessão reservada nossa... Eu não tinha a obrigação de entregar a fita... Entreguei a fita e até com muitos palavrões na reunião de ministros... Mas não acharam nada”, respondeu Bolsonaro, desconversando e não esclarecendo o fato de já ter trocado o diretor-geral da Polícia Federal quatro vezes, sempre que a corporação está investigando algum escândalo de seu governo.