O sociólogo Marcos Coimbra, diretor do Instituto Vox Populi, afirmou no programa Fórum Café, na manhã desta sexta-feira (19), que o crescimento de 3% do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Datafolha divulgado nesta quinta-feira é tão pequeno que é difícil entender de onde veio.
Para Coimbra, “os resultados em São Paulo sugerem que tenha uma classe média que em um certo momento estava hesitando em votar em Bolsonaro. Não era Lula, mas estava meio que dizendo que não votava nesse cara (Bolsonaro) de jeito nenhum”.
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“O tempo está passando e eu acho que tem um pedaço que não é irrelevante das classes tradicionais, classe média, profissional liberal, dono de empresas médias, que tá dizendo: ‘sabe o que mais, eu vou votar nesse Bolsonaro mesmo. O cara é horrível, mas eu vou votar nele, porque eu não consigo não votar em um cara que é adversário do PT’”, analisa Coimbra.
Aversão orgânica
Para ele, “isso não é antipetismo. É uma aversão orgânica ao pensamento progressista, à igualdade entre as pessoas, a uma visão de direitos humanos, de política de segurança. Tem um conservador que estava hesitando se votava no Bolsonaro, mas eu acho que vai acabar é votando. Era uma falsa indecisão, era um eleitor reacionário e que topa votar nisso que é o bolsonarismo”.
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Bateu no teto
Ao final, Coimbra afirmou que Lula resistiu a todos os ataques, à redução da gasolina, aumento dos auxílios e continua sendo o grande favorito para vencer as eleições, com chances de ganhar já no primeiro turno. Ao mesmo tempo, ele afirma que Bolsonaro bateu no seu teto. "Não sei mais pra onde ele pode crescer", encerra.
Veja o Fórum Café abaixo: