Jair Bolsonaro discursou na Marcha Para Jesus em São Paulo na manhã deste sábado (9) e repetiu todos os chavões da extrema direita, contra o direito ao aborto, contra a “ideologia de gênero”, “pela família brasileira”, contra a esquerda. A Marcha caminhou custeada por de R$ 1,7 milhão dos cofres públicos da cidade de São Paulo, à base de emendas de vereadores de direita e extrema direita.
O patrocínio da Marcha, um evento tradicional da direita e extrema direita evangélica em São Paulo, A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo. Dois vereadores são os responsáveis pela doação, João Jorge (PSDB), com R$ 1 milhão e mais 710 mil reais de uma emenda de Major Olímpio (PL).
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Do alto do caminhão de som, em frente à sede da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), temida em toda a periferia da cidade, Bolsonaro cortejou o voto evangélico conservador: "Temos uma posição aqui: somos contra o aborto, contra a ideologia de gênero, contra a liberação das drogas e somos defensores da família brasileira". Ele repetiu igualmente o bordão da “guerra do bem contra o mal”.
Outro dos espantalhos que a extrema direita costuma agitar para a base evangélica, o do socialismo, não podia faltar: "Que nosso povo não experimente as dores do socialismo". Em seguida mencionou a Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia -nenhum dos países é socialista. "Não queremos isso para o nosso Brasil", atacou.
Estavam no palanque líderes neopentecostais e alguns dos líderes da extrema direita no Estado, os deputados Marco Feliciano e Carla Zambelli, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o pré-candidato bolsonarista ao governo de São Paulo Tarcisio de Freitas.