ELEIÇÕES 2022

Maioria dos líderes evangélicos não assinam termo de combate à fake news do TSE

Nas redes, o pastor Silas Malafaia comemorou a baixa adesão e chamou o ministro Edson Fachin de "esquerdopata de carteirinha"

Maioria dos líderes evangélicos não assinam termo de combate à fake news do TSE.Créditos: Abdias Pinheiro/Secom/TSE
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No começo deste mês o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin revelou a construção de uma aliança com líderes religiosos para combater a fake news nas eleições. Entre os objetivos de Fachin, estava o de conseguir a assinatura de líderes evangélicos da base bolsonarista, mas não obteve sucesso. 

Dos 33 líderes ou representantes de entidades religiosas, o ministro Edson Fachin conseguiu o apoio de apenas 13 nomes. Fachin eseprava contar com o apoio do empresário Carlos Wizard e do líder da bancada evangélica, o deputa Sóstenes Cavalcante (União Brasil-RJ). 

As principais lideranças das igrejas evangélicas também não assinaram, entre eles, o bispo Adner Ferreira, presidente da Assembleia de Deus, Ministério de Madureira, o pastor Samuel Câmara, presidente da Convenção da Assembleia de Deus do Brasil (CADB) e o bispo Eduardo Bravo, presidente da Unigrejas. 

Apesar disso, o documento do TSE recebeu o apoio dos juristas evangélicos, islâmicos, espíritas, judeus, budistas e representantes das religiões afro-brasileiras. 

O principal objetivo do TSE é reduzir a resistência ao sistema de voto e manter e derrubar fake news que coloquem em dúvida a confiabilidade nas urnas eletrônicas, porém, as entidades religiosas afirmaram que não vão entrar no debate sobre as urnas. 

Assinaram o termo: 

Márcio de Jagun, fundador do Instituto Orí
Nilce Naira, coordenadora da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde
Keizo Doi, monge regente do Templo Shin Budista Terra Pura
David Raimundo Santos, fundador da ONG Educafro
Joel Portella Amado, secretário-geral da CNBB
Hélio Ribeiro, vice-presidente da Ajebrasil (Associação Jurídico-Espírita do Brasil)
Edna Zilli, presidente da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos)
Stéfanne Amorim Ortelan, encarregada de política de proteção de dados da Aneasd (Associação Nacional de Entidades Adventistas do Sétimo Dia)
Thiago Crucitti, diretor-executivo da ONG Visão Mundial
Welinton Pereira da Silva, diretor de relações institucionais da ONG Visão Mundial
Daniel Bialski, primeiro vice-presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil)
Girrad Mahmoud Sammour, presidente da Anaji (Associação Nacional de Juristas Islâmicos)
Desembargador federal do TRF 2ª William Douglas

 

Pastor Silas Malafaia debocha do documento 

 

O pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, comemorou o fato de a maioria dos líderes evangélicos não terem assinado o documento. 

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Malafaia chama o ministro Edson Fachin de "esquerdopata de carteirinha" e convoca os evangélicos a boicotarem o documento.