O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) admitiu numa reunião realizada na segunda-feira (27) que, no caso de Gilberto Kassab e o PSD optarem por apoiar o candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, em vez de aderirem à sua campanha, ele abandonará a candidatura, apoiará Fernando Haddad (PT) e lançará seu nome para o Senado Federal.
Uma decisão nesse sentido já era aguardada pelos petistas para as próximas semanas, e como a hipótese da adesão de Kassab ao candidato de Jair Bolsonaro se concretiza cada vez mais e torna-se a mais provável, França já ensaia o discurso de desistência e engata o de postulante ao cargo de senador. No entanto, a batida de martelo ainda não ocorreu porque o PSB cobra do PT o apoio explícito em vários palanques eleitorais dos estados.
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Interlocutores que atuam no imbróglio político têm dito que, como as decisões do PT serão tomadas em bloco, ou seja, com base no contexto geral dos dois partidos em todos os estados, a situação de Márcio França em São Paulo não será analisada separadamente de jeito nenhum. Nessa esteira, o mais provável mesmo é que o ex-governador paulista saia ao Senado e com apoio de Lula e de Geraldo Alckmin, o candidato a vice-presidente na chapa do PT e que é do PSB, partido de França.
Embora relute em afirmar textualmente a situação e tratar dela publicamente, Márcio França admitiu à reportagem da Folha de S.Paulo nesta terça-feira (28) que não prejudicará a composição que está sendo feito entre o seu partido e o PT, em nível nacional, o que automaticamente implica em aceitar a desistência à candidatura ao governo de São Paulo.