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Delegado Saraiva é ameaçado por "bancada do crime" de bolsonaristas e rebate: "Me processa"

"Na defesa em um processo eu posso usar muito mais provas", disse Saraiva, que denunciou sendadores, a deputada Carla Zambelli e o ex-ministro Ricardo Salles de serem financiados por madeireiros.

Alexandre Saraiva.Créditos: Reprodução
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Após denunciar a "bancada do crime", um grupo de parlamentares bolsonaristas que seria financiado por madeireiros para "passar a boiada" na legislação ambiental, o delegado Alexandre Saraiva, ex-chefe da Superintendência da Polícia Federal do Amazonas, virou alvo de ameaças e rebateu nas redes, sinalizando que tem provas das acusações que fez.

Um dos denunciados no esquema, o senador Zequinha Marinho (PL-PA) emitiu nota dizendo que "não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem, seja de quem for".

"O que o delegado da PF afirma é grave. Vamos buscar a Justiça como forma de combater esse crime de calúnia”, diz o texto.

Nas redes, Saraiva rebateu, desafiando o senador bolsonarista a processá-lo.

"Me processa Senador.... Só não se esqueça do previsto no parágrafo 3º do Art. 138 do Código Penal: Exceção da verdade", citando crime que pode dar até 6 anos e 2 meses de cadeia ao político.

Saraiva também é alvo de ameaça de outro senador bolsonarista, Jorginho Mello (PL-SC). Na rede, o delegado disse que "mal pode esperar" para enfrentar a ação e explicou o motivo.

"Na defesa em um processo eu posso usar muito mais provas. E convenhamos eu não falei nenhuma novidade. Todo mundo sabe quem são e o que fazem os políticos corruptos que vendem a Amazônia".

Além dos dois senadores, Saraiva citou os nomes de Telmário Mota (PROS-RR), Mecias de Jesus (REP-RR),  Carla Zambelli (PL-SP), além do ex-ministro Ricardo Salles (PL-SP), pré-candidato a deputado federal.