DESMILITARIZAÇÃO

Lula diz que terá que tirar "quase 8 mil militares" de cargos comissionados

Em evento com sindicalistas, o ex-presidente admitiu que a eleição contra Bolsonaro ainda não está ganha

Créditos: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula (PT) comentou nesta segunda-feira (4), em evento com sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que pretende tirar do governo os cerca de 8 mil militares que receberam cargos comissionados durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL)

“Nós vamos ter que começar o governo sabendo que vamos ter que tirar quase 8 mil militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar. Isso não pode ser motivo de bravata, tem que ser motivo de construção”, declarou Lula, que é pré-candidato à presidência pelo PT e aparece disparado na liderança nas pesquisas de opinião.

O ex-presidente admitiu ainda que, apesar do cenário parecer favorável, a disputa não está ganha. “Não vai ser fácil, não é uma guerra que está ganha. É uma guerra que a gente pode ganhar", disse ainda.

O tema dos militares deve ter espaço na campanha do ex-presidente. Durante evento realizado na Uerj, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira, Lula comentou sobre o papel dos militares e criticou a tentativa de Bolsonaro de se apropriar das Forças Armadas e de símbolos nacionais

 "O papel dos militares não é ficar puxando saco do Bolsonaro. Os militares não têm que ficar puxando o de presidente, eles têm que estar acima das brigas políticas. Bolsonaro não pode falar ‘meus militares'", afirmou Lula.

"Bolsonaro é tão frágil, tão boçal, que ele quer pegar a bandeira brasileira e a camisa da seleção pra dizer 'esse é o meu partido', já que o partido dele não tem hino, não tem manifesto, não tem bandeira. Vamos dizer para Bolsonaro que a bandeira brasileira e as cores verde amarela não são desse fascista, elas pertencem a 213 milhões de brasileiros", declarou.