O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa nesta quarta-feira, dia (27), de mais um ato de enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) com a presença dos parlamentares das frentes Evangélica, do Agronegócio e da Segurança Pública. O encontro de manifesto pela “liberdade de expressão”, na esteira da condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), pela Corte está previsto para as 16h.
Tanto Bolsonaro, quanto aliados na Câmara e no Planalto viram no caso de Silveira uma oportunidade eleitoral de se posicionar como "defensor de liberdades" em meio à subida nas intenções de voto, alavancada por pagamento de benefícios como o auxílio emergencial. Com a aproximação das eleições e sem armamento para reverter os altos índices de rejeição - em torno de 60% -, o que dá a Lula a possibilidade cada vez maior da vitória, Bolsonaro busca sustentação militar e ideológica para recuperar a popularidade.
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A escalada contra o STF também é uma estratégia de Bolsonaro de se reconectar com o eleitorado mais radical e ideológico e desviar o foco negativo da pauta política com a iminência da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar indícios de corrupção no Ministério da Educação (MEC).
Embora tenham dito que o ato defenderá o “equilíbrio” e o “diálogo entre os Poderes”, na prática deputados dessas frentes apoiaram o decreto de perdão do presidente a Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques à ordem democrática.
Evangélicos, produtores rurais e policiais fazem parte de grupos que servem como cabos eleitorais de Bolsonaro desde 2018 e de sustentação do governo.
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Com informações do Estadão