O presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, usou a desculpa de ter sido vaiado em evento com o ex-presidente Lula para correr para os braços do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais artífices do golpe de 2016 contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e principal fiador da pré-candidatura presidencial de Eduardo Leite (PSDB).
Paulinho posou para foto ao lado de Aécio e Leite nesta segunda-feira (18). O deputado não gostou das vaias recebidas durante evento de Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) com centrais sindicais e decidiu suspender o evento em que o Solidariedade formalizaria seu apoio à pré-candidatura do petista, previsto para 3 de maio.
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O dirigente disse que a relação do Solidariedade com o PT não está boa e que enxergou as vaias no evento como uma "estratégia". No evento estavam presentes sindicalistas de diversas centrais sindicais, incluindo da Força Sindical. "Sou especialista nessas coisas. Diz que está tudo bem aqui e manda seus amigos lá embaixo vaiarem. Nossa relação com o PT não está boa. Precisamos fazer uma discussão mais séria sobre o que o PT quer. Se não querem apoio, só avisar, que a gente não fica perdendo tempo”, disse.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e Lula trataram de tentar resolver a confusão. A dirigente pretende se reunir com o deputado na terça-feira (19) para garantir o apoio do Solidariedade ao petista.
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Enquanto isso, Paulinho parece tentar valorizar o passe em conversas com outras lideranças. Áudio vazado na sexta-feira mostra o ministro Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, cortejando o presidente de honra da Força Sindical. Nesta segunda, o deputado decidiu aparecer ao lado de Aécio e Leite, indicando que também conversa com a chamada "terceira via".
A foto, no entanto, provocou críticas a Paulinho da Força nas redes sociais em razão da presença de Aécio.