O presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, não gostou das vaias recebidas durante evento do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) com centrais sindicais, na quinta-feira (15). O líder da Força Sindical discursou normalmente, mas foi vaiado quando citavam seu nome no evento. O episódio fez com que o partido cancelasse evento em que formalizaria seu apoio à pré-candidatura de Lula á presidência.
O Solidariedade pretendia formalizar apoio a Lula no dia 3 de maio, quatro dias antes do lançamento oficial da chapa com Alckmin.
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Paulinho da Força disse ao Poder360 que a relação do Solidariedade com o PT não está boa e enxergou as vaias no evento como uma estratégia. No evento estavam presentes sindicalistas de diversas centrais sindicais, incluindo da Força Sindical.
“Sou especialista nessas coisas. Diz que está tudo bem aqui e manda seus amigos lá embaixo vaiarem. Nossa relação com o PT não está boa. Precisamos fazer uma discussão mais séria sobre o que o PT quer. Se não querem apoio, só avisar, que a gente não fica perdendo tempo”, disse.
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O deputado comunicou o cancelamento do evento à presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, que lamentou o ocorrido.
Paulinho comentou ao Poder360 sobre a conversa que teve com Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Bolsonaro. Áudio divulgado pelo Antagonista mostra o parlamentar falando sobre aderir ao blocão que apoiará Bolsonaro. O deputado, no entanto, alegou que foi uma brincadeira.
“Ciro é um grande amigo que tenho há muito tempo. Independentemente de governo, somos muito amigos. Foi meio de brincadeira que ele me chamou e eu respondi também brincando”, disse ao Poder360.
O Solidariedade tentou filiar Alckmin ao partido para garantir a vice na chapa de Lula, mas o ex-governador acabou optando pelo PSB.
Marília Arraes defende apoio a Lula
Em nota, a deputada federal Marília Arraes (SD-PE), pré-candidata ao Governo de Pernambuco, defendeu que o Solidariedade mantenha apoio à pré-candidatura presidencial de Lula (PT) apesar do episódio. A deputada se solidarizou com o dirigente partidário e condenou as vaias.
"Nosso candidato Lula precisa cada vez mais de solidariedade para juntar os diferentes setores e fortalecermos a democracia com sua vitória. A inclusão de Geraldo Alckmin, seu antigo adversário, como Vice-Presidente, é um sinal de lucidez e coragem. Por isso devemos repudiar com toda ênfase as agressões sofridas pelo Presidente Nacional do Solidariedade, Paulinho da Força", declarou Marília em nota.
"Só os inimigos de Lula e da Democracia se comportam com tamanha intolerância e violência. O que Lula e o Solidariedade querem é derrotar o autoritarismo e a intransigência. Viva a democracia! Viva Lula!", completou.
Marília migrou do PT para o Solidariedade com o objetivo de concorrer ao governo de Pernambuco. A deputada havia recebido a garantia de que o partido seguiria com Lula nas eleições. Ela conta com o apoio de petistas para tentar se impor diante do PSB no estado.