A deputada federal Marília Arraes (Solidariedade-PE), recém-saída do PT, comentou nesta sexta-feira (25) ao Programão da Fórum sobre a migração de partido e a relação com dirigentes locais. A parlamentar, que é pré-candidata do governo estadual, disse que o Solidariedade de Pernambuco apoiará firmemente o ex-presidente Lula (PT). Ela ainda fez duras críticas ao senador Humberto Costa (PT-PE) e reforçou que fará oposição ao PSB no estado.
"O Brasil acompanha a minha saga em relação ao PT local. Em relação ao PT nacional, nós temos outro tipo de relação, é um alinhamento total com minha ideologia, com o projeto de vida e de sociedade que eu defendo. Aqui no PT local há ataques e perseguições sucessivas há muitos anos, que venho tentando administrar, controlar, mas é muito difícil", afirmou Marília em entrevista à jornalista Cynara Menezes no Programão.
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Questionada por Cynara sobre a ida para o Solidariedade, Marília disse que o partido irá se coligar com Lula nacionalmente e negou que tenha bolsonaristas no estado. "Os bolsonaristas saíram e o Solidariedade está sob o meu comando. O Solidariedade de Pernambuco vai ser bastante lulista", afirmou Marília, que é presidenta do diretório estadual da legenda.
A pré-candidata ainda afirmou que os petistas de Pernambuco não apoiam a aliança com o PSB. "Os petistas de Pernambuco vão estar comigo", declarou.
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Marília critica o PT de Pernambuco e o senador Humberto Costa
Marília disse que sua saída não tem a ver com cargos e disse que tem passado os últimos anos tentando fazer o PT de Pernambuco crescer. Para ela, a má condução do partido se explicita no pequeno número de prefeituras - 4 de 74 - que a legenda tem no estado, enquanto o ex-presidente Lula (PT) tem amplo apoio popular para a disputa presidencial de 2022. "Tem algo errado aí. É um projeto sendo prejudicado por questões menores, questões pequenas. Todo mundo sabe a quem me refiro...", declarou.
"Eu tenho sido acusada, principalmente pelo senador Humberto Costa, de estar em prol de projetos pessoais. Isso é um absurdo sem tamanho. O PT daqui que se apequena pelos projetos pessoais dele [Humberto]", disparou. "Se eu tivesse preocupação pessoal, com meu conforto próprio, eu ia para [reeleição] de deputada. Mas como eu ia virar a chave de liderança da oposição [ao PSB] e, de repente, ia estar junto daqueles que eu combati?", questionou.
A deputada ainda criticou a candidatura ao Senado oferecida a ela pelo PT. Segundo ela, o partido fez isso de última hora apenas para dizer que houve tal oferta. "Nunca entrei a briga por cargo. Se eu quisesse cargo poderia ter aceitado essa indicação atabalhoada pelo PT sem eu ter colocado o meu nome. Viram que eu não aceitava mais esse achincalhe público que estava sendo feito em torno do meu nome... Eu não fiz nada por chantagem... De repente, de última hora, para criar uma narrativa contra mim, fizeram uma reunião sem minha autorização e colocam meu nome", disse.
Assista à entrevista de Marília Arraes ao Programão da Fórum: