Após o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) ser vaiado em um evento do PT e uma conversa entre ele o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ser vazada, surgiram especulações de que o Solidariedade poderia migrar para a chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que vai tentar a reeleição.
Porém, Paulinho da Força descartou a possibilidade do Solidariedade apoiar o presidente. "Não existe nenhuma possibilidade de o partido embarcar na candidatura do Bolsonaro", disse o político à CNN Brasil.
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O deputado também ressaltou que é mais provável que o Solidariedade declare apoio ao ex-presidente Lula, no entanto, tal assunto será discutido na semana que vem com a presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
"Avisei a Gleisi que não íamos decidir o apoio no dia 3. Não significaria um rompimento do apoio ao Lula, mas gostaríamos de discutir agora em outras condições. O que pensa o PT de uma aliança mais ampla, além da parte da esquerda que o PT juntou até agora", disse Paulinho.
O líder do Solidariedade também afirmou que o seu partido não quer ser o "patinho feio" na aliança em torno de Lula. Paulinho ainda afirmou que não se arrepende de ter votado pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), fato que motivou as vaias a Paulinho durante evento do Partido dos Trabalhadores.
"O Solidariedade não quer ser o patinho feio da aliança. Eu, por exemplo, não me arrependo de ter votado no impeachment da Dilma. Então, se for para discutir o impeachment da Dilma, nós não vamos concordar. O PT chama para a festa para ser hostilizado? Ninguém quer ser hostilizado", criticou Paulinho.
Diálogo com Ciro Nogueira
As especulações de um possível apoio do Solidariedade a Bolsonaro surgiram depois que uma conversa entre Paulinho da Força e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi divulgada. Paulinho confirmou que houve a conversa.
"Aconteceu, aconteceu. Ciro é meu amigo independentemente de partido. É amigo antigo. Nós temos relação desde quando ele era deputado e eu nem deputado era inda. Assim que saiu a notícia de que tinha sido vaiado, ele me mandou uma mensagem brincando. Dentro da nossa relação, e eu também mandei uma mensagem para ele bem na brincadeira, até falando palavrão. Enfim. Eu passei essa mensagem dele para um amigo e o cara vazou a mensagem. É muito da amizade que a gente tem. Ele sabe, desde o início, que não tem jeito, não tem nenhuma possibilidade de eu apoiar o Bolsonaro, entendeu", esclarece Paulinho.