A indicação do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, para o conselho de administração da Petrobras, vem causando constrangimento. Agora, um novo entrave atravessa o possível futuro do preferido de Jair Bolsonaro (PL) na estatal: Landim poderá ter que decidir se autoriza ou não a companhia a processar uma empresa da qual ele é dono.
Segundo a coluna de Malu Gaspar, em "O Globo", a gestora de recursos de Landim, a Mare Investimentos, foi um dos investimentos mal sucedidos da Petrobras ao longo dos anos.
Te podría interesar
O Fundo de Investimentos e Participações Brasil Petróleo 1, ou FIP-BP1, que era gerido pela Mare, de Landim, e por outra gestora chamada Mantiq, foram escolhidos para tentar mitigar um prejuízo relacionado aos fundos de pensão.
Ao todo, as duas firmas captaram R$ 585 milhões de oito fundos de pensão, incluindo a Petros, para aplicar em três empresas que ainda não existiam: uma companhia de tubos flexíveis, um terminal de reparos navais e uma operadora de navios de apoio para prestar serviços à Petrobras.
Nenhuma dessas empresas chegou a entrar em operação. Quase todo o dinheiro virou pó. Só a Petros perdeu R$ 92 milhões, segundo auto de infração da Previc, a autarquia do governo que fiscaliza os fundos de pensão.
Os diretores dos fundos, Landim e os outros sócios das gestoras de recursos são alvo de ações na Justiça que pedem a responsabilização por diversos crimes, entre eles gestão temerária e fraude financeira.
Consultada pela coluna, a defesa de Landim afirma que a ação contra ele é ilegal e que não houve nenhuma "prática irregular que tenha implicado em risco ao Sistema Financeiro Nacional, conforme declarações da própria CVM”.